Olimpíadas consideram banir atletas trans de categorias femininas
10 de novembro de 2025A decisão, baseada em evidências científicas sobre vantagens físicas, está em fase final de discussão
O Comitê Olímpico Internacional (COI) prepara uma regra que poderá vetar mulheres trans em eventos femininos a partir da Olimpíada de Inverno de 2026, em Milão. A decisão, baseada em evidências científicas sobre vantagens físicas permanentes de quem passou pela puberdade masculina, está em fase final de discussão. A diretora de saúde e ciência do COI, Jane Thornton, apresentou estudo que revela que os efeitos da puberdade masculina “não podem ser totalmente revertidos” por tratamentos hormonais. A revisão é conduzida por um grupo criado pela nova presidente do COI, Kirsty Coventry, eleita em junho com a promessa de “proteger a categoria feminina”. Segundo o The Times, o anúncio oficial pode ocorrer durante a 145ª Sessão do COI, dias antes dos Jogos de Inverno. Fontes internas disseram ao The Athletic, do New York Times, que o banimento é “inevitável e há muito esperado”. O COI, no entanto, afirma que “ainda não há decisão final”.
Participação de atletas biologicamente homens gerou polêmica nas Olimpíadas
A medida responde à polêmica dos Jogos de Paris 2024, quando as boxeadoras Imane Khelif (Argélia) e Lin Yu-Ting (Taiwan) venceram o ouro depois de ter sido barradas em 2023 por supostos testes de gênero. O tema reacendeu o debate global sobre inclusão. Nos últimos anos, federações como World Aquatics e World Athletics já proibiram atletas trans em competições femininas. Em fevereiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou ordem executiva que barra atletas trans em todos os níveis esportivos e prometeu negar visto a competidoras que pretendam disputar a Olimpíada de Los Angeles, em 2028. Além disso, atletas transgênero que pretendem disputar competições femininas nos Estados Unidos passaram a enfrentar restrições para obtenção de visto, conforme nova diretriz do Departamento de Segurança Interna. O Serviço de Cidadania e Imigração (Uscis) comunicou que a política atualizada não utiliza expressamente o termo “transgênero”, mencionando apenas “atletas masculinos” interessados em competir em esportes femininos.
Com informações Revista Oeste



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