CNH do Brasil soma 1,6 milhão de processos em menos de 20 dias

CNH do Brasil soma 1,6 milhão de processos em menos de 20 dias

29 de dezembro de 2025 Off Por Editor



  • Novo modelo digital reduz custos, simplifica exigências e amplia o acesso à habilitação em todo o país

    Menos de três semanas após o lançamento, o programa CNH do Brasil já acumula mais de 1,6 milhão de processos abertos para obtenção da carteira de motorista em todo o país, segundo dados do Ministério dos Transportes. A iniciativa, apresentada como uma reformulação estrutural do modelo de habilitação, tem registrado forte adesão desde que entrou em vigor, em 9 de dezembro. São Paulo lidera o volume de solicitações, com 286.733 pedidos, seguido por Minas Gerais, com 171.811, e pelo Rio de Janeiro, que soma 152.315 processos. A plataforma digital do programa também já ultrapassou a marca de 30 milhões de usuários cadastrados, enquanto o curso de formação para instrutores autônomos de trânsito supera 100 mil inscritos. Os números reforçam o alcance do novo modelo, criado para enfrentar um gargalo histórico no acesso à habilitação. Hoje, apenas 46% da população brasileira possui CNH, enquanto cerca de 20 milhões de pessoas dirigem sem o documento, em grande parte devido ao custo elevado e à complexidade do processo tradicional. A CNH do Brasil aposta na digitalização e na flexibilização das exigências. O curso teórico passou a ser oferecido gratuitamente de forma on-line, e a carga mínima de aulas práticas foi reduzida de 20 para 2 horas. O candidato pode escolher entre instrutores autônomos credenciados ou autoescolas, o que amplia a concorrência e tende a reduzir preços. Mudanças adicionais vieram com a Medida Provisória nº 1.327, que criou benefícios para motoristas inscritos no Registro Nacional Positivo de Condutores. Entre as medidas estão a renovação automática da CNH para quem não cometeu infrações nos 12 meses anteriores ao vencimento, a dispensa da versão impressa do documento e a fixação de um teto nacional de R$ 180 para exames médicos e psicológicos. Para o ministro dos Transportes, Renan Filho, o programa busca corrigir distorções de um sistema considerado excludente. “A CNH do Brasil foi desenhada para garantir o direito à habilitação. O processo era caro, demorado e afastava milhões de brasileiros. O novo modelo amplia o acesso, reforça a segurança no trânsito e promove inclusão social”, afirmou. A avaliação dentro do Ministério dos Transportes é que a velocidade da adesão indica demanda reprimida e sugere que o impacto do programa pode ir além da regularização de condutores, com efeitos também sobre mobilidade urbana, mercado de trabalho e formalização de profissionais que dependem da CNH para gerar renda.