Médico de Chapecó é indiciado por homicídio por morte de bebê de 5 meses em hospital

Médico de Chapecó é indiciado por homicídio por morte de bebê de 5 meses em hospital

4 de janeiro de 2019 Off Por Editor



  • A Polícia Civil, por meio da DPCAMI Chapecó, concluiu, no dia 03/01 investigação que apurava a morte de um bebê de 5 meses.
    Após desconfiar de que o filho poderia ter sido levado à óbito em razão de um erro médico, os pais da criança procuraram a Polícia Civil para relatar o caso.
    Os primeiros passos da investigação foram realizados pela Central de Plantão Policial que, depois, enviou os documentos para a DPCAMI.
    Foi instaurado inquérito policial e adotadas procedimentos investigatórios para esclarecer o caso.
    Durante as investigações, a equipe de policiais esbarrou em diversas barreiras que dificultaram o andamento dos trabalhos. O caso envolve conhecimentos sobre medicina e demandou apoio do hospital onde ocorreu o fato, que se negou a fornecer o prontuário médico da criança, obrigando a Autoridade Policial a acionar o Poder Judiciário e Ministério Público, dificultando a colheita de provas e o andamento das diligências.
    Foram ouvidas diversas pessoas entre profissionais da saúde que atenderam a vítima, pacientes, pesquisas de medicamentos e perícias.
    Após formalizadas as diligências, chegou – se a conclusão de que não se tratava exatamente de um erro médico, mas sim de um descaso reiterado do médico que atendeu o bebê, Dr. L.R.V.M (56 anos) que acabou por provocar uma tragédia.
    As investigações apontaram que o médico atuava com total descaso no atendimento dos pacientes sendo que, por sorte, não houve outras vítimas.
    Os trabalhos de investigação demonstraram que L.R.V.M após atender de forma desidiosa a criança de 5 meses, receitou medicamento sem atentar para o histórico de intervenções feitas pela mãe e comunicadas pela equipe de enfermagem no prontuário da vítima. Tal fato acabou resultando na morte do bebê em virtude de superdosagem de um antitérmico.
    Ao analisar a conduta do médico, a Autoridade Policial entendeu que não se tratava de uma negligência pontual, mas sim que L.R.V.M, acabou, com seus atos, assumindo o risco de causar o resultado morte, sendo indiciado por homicídio doloso.
    O caso foi enviado ao fórum onde será analisado pelo Poder Judiciário e Ministério Público, no qual, após iniciado o processo, L.R.V.M, terá oportunidade oferecer seu contraditório.

    A Polícia Civil reiterou seu compromisso de apurar com profissionalismo e legalidade os fatos que lhes são apresentados, levando ao Poder Judiciário os autores de crimes para que sejam punidos nos moldes previstos pela legislação penal.