Todo cuidado é pouco: Rastros deixados por acessos ao mundo virtual é “prato cheio” para cibercriminosos

Todo cuidado é pouco: Rastros deixados por acessos ao mundo virtual é “prato cheio” para cibercriminosos

4 de outubro de 2019 Off Por José Carlos de Linhares



  • Em palestra da COMJOVEM, especialista diz que a prevenção começa por semelhante comportamento nos mundos cibernético e real

    Chapecó (4.10.2019) – Fugir das investidas mal-intencionadas que o mundo virtual possibilita, é difícil missão. Exige cuidados e permanentes providências. A tecnologia quando usada como arma ao crime, causa estragos de toda ordem. Este foi parte do conteúdo de palestra promovida pela COMJOVEM Chapecó, ministrada para executivos do transporte rodoviário de cargas, no SITRAN Chapecó. O palestrante, advogado Fernando Mangold especialista em direito empresarial, falou sobre o tema LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados.

    Mangold explicou que todos os acessos, via computador e smartphone, para buscar conteúdos de aplicações na internet “deixa rastros”. Lembra que as aplicações de empresas privadas, citou o Facebook e Google, armazenam todas as informações compartilhadas. Os dados servem para traçar perfis pessoal, profissional, financeiro, de saúde “e tudo o mais que for possível”.

    O advogado preveniu que para buscar proteção a este tipo de “invasão de privacidade” é necessário atenção absoluta “a tudo o que for compartilhado nas redes”. Inclui-se neste módulo, locais freqüentados, horários de permanência em ambientes de rotina (casa ou fora dela), planejamento de viagens, convicções religiosas “e até nosso estado de humor”. Acrescentou não ser segredo que essas empresas “usam as informações – dados pessoais – para negociar com outras empresas, públicas e privadas”.

    Proteção – O palestrante expôs que na internet, além das questões de privacidade pessoal, todo internauta está suscetível a ameaças de cibercriminosos. Para estar protegido destas pessoas que recorrem a sistemas eletrônicos e às novas tecnologias de informação para cometer crimes, além dos cuidados com privacidade, imprescindível o uso de softwares licenciados, por isso legais. Indispensável, ainda, manter os sistemas sempre atualizados, ter senhas de acesso ao celular, WhatsApp, computador e bancos, diferenciadas e de difícil adivinhação. “Desnecessário dizer, mas importante reforçar, que softwares piratas facilitam muito o ataque criminoso”.

    Fernando Mangold recomenda prudência absoluta e aconselha que o comportamento no mundo virtual seja o mesmo do mundo real. “A internet dá uma falsa sensação de anonimato às pessoas”. Elencou algumas analogias para justificar sua posição: “não pegue carona com estranhos”, se assemelha a “não aceite pessoas estranhas nas redes sociais”. Outra: “antes de sair verifique se as portas e janelas estão trancadas”. Se relaciona com “antes de sair verifique se você bloqueou a tela do seu computador e smartphone”.

    Adaptação ao novo – O advogado foi taxativo ao garantir que não é possível ficar imune aos problemas, aos ataques gerados pelo mundo digital. Tudo está se tornando digital e, em breve, corpos e mentes também estarão conectados. “Precisamos nos preparar e adaptar a essa nova realidade”.

    Foto: Mangold (c) falou sobre as “armadilhas” da internet e providências para “fugir” aos ataques

    Assessoria de Imprensa SITRAN