OMS anuncia morte de crianças em decorrência do coronavírus

OMS anuncia morte de crianças em decorrência do coronavírus

16 de março de 2020 Off Por Redação Chapeco.org



  • A OMS (Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, nesta segunda-feira (16), que há registro de mortes de crianças por covid-19 – doença causada pelo novo coronavírus -, embora elas não façam parte do grupo de risco.

    “Esta é uma doença séria. Embora a evidência que temos sugira que aqueles com mais de 60 anos correm maior risco, jovens, incluindo crianças, morreram”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade.

    “Sabemos que as crianças podem ser infectadas e que elas podem morrer por essa doença”, disse Ghebreyesus.

    São quase 87 mil casos confirmados da doença em 146 países e cerca de 4 mil mortes, de acordo com a última atualização feita pela OMS.

    Preocupação com avanço em países subdesenvolvidos

    O diretor-geral ainda pediu mais empenho dos governos para conter o avanço do novo coronavírus pelo mundo. Ele afirmou que é preciso ampliar o número de testes e isolamento para prevenir novas infecções.

    “Temos uma mensagem simples para todos os países: testem, testem, testem. Testem todo caso suspeito de covid-19. Se o teste der positivo, isole [a pessoa] e descubra quem esteve em contato com ela em até dois dias antes dos primeiros sintomas e os testem também”, declarou.

    Com o avanço do coronavírus em países subdesenvolvidos, a OMS disse estar preocupada com o impacto nas populações com HIV e em crianças com desnutrição.

    “Estamos chamando todos os países e indivíduos para fazerem tudo o que puderem para pararmos a transmissão”, afirmou Ghebreyesus.

    Estudo aponta mesma chance de transmissão

    Um estudo recente feito na China já havia comprovado que crianças e adultos têm a mesma chance de contrair coronavírus.

    Os pesquisadores concluíram que “as crianças correm um risco semelhante de infecção que a população em geral, embora com menor probabilidade de apresentar sintomas graves; portanto, devem ser consideradas nas análises de transmissão e controle”.

    A taxa de ataque foi de 7,4% em crianças de 0 a 9 anos; de 7,1%, de 10 a 19 anos; enquanto em adultos de 20 a 39 anos, girou em torno de 6%.

    Os mais vulneráveis são idosos com idade entre 60 e 69 anos, em que a taxa de ataque foi de 15,4%. Maiores de 70 aos tiveram uma taxa de 9,7%.
    Com informações R7