Análise do Sicom estima queda de 49% no faturamento do comércio em Chapecó

Análise do Sicom estima queda de 49% no faturamento do comércio em Chapecó

24 de abril de 2020 Off Por Editor



  • Estudo avalia efeitos desde fevereiro.

    Um quadro quanto ao faturamento das empresas no período de quarentena do coronavírus foi elaborado pela Divisão de Pesquisa e Estatística do Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom). A análise, que mostra queda perto de 50% e perda em valores superiores a R$ 50 milhões, foi feita com dados do IBGE e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Chapecó e indicativos obtidos com a Secretaria da Fazenda de Santa Catarina.

    O levantamento lembra que o primeiro caso de morte pelo Covid-19 no Brasil foi registrado em 23 de janeiro em Minas Gerais. Assinala que, diante do alto nível de contágio e a transição de pessoas entre países, em poucos dias havia casos em diversos estados, incluindo Santa Catarina, que adotou medidas restritivas desde 18 de março, o que também envolveu o comércio, mantendo-se abertos apenas os estabelecimentos de bens considerados essenciais, como supermercados, farmácias, postos de combustíveis e indústrias.

    Com base nos dados da cidade e nos 26 dias em que o comércio deixou de funcionar na plenitude, o Sicom Pesquisas estima uma redução de aproximadamente 49% no faturamento do comércio. Em valor, isso significa uma quantia próxima de R$ 54 milhões em termos de perda no movimento em Chapecó, sexto maior PIB do Estado e polo industrial da região e que tem no comércio a participação em aproximadamente 15% do produto interno bruto municipal.

    Os dados, explica o responsável pelo Sicom Pesquisas, Douglas Júnior Pires da Silva, não são oficiais, mas conjecturas para os dias de comércio parado até 13 de abril. “Estima-se, que as perdas serão ainda maiores, dado que mesmo com o retorno das atividades a economia levará algum tempo até voltar ao normal”, explica ele. Acrescenta que o aumento do desemprego e as incertezas de uma pandemia que ainda não foi controlada reduzem a confiança das pessoas, com reflexos no consumo e, por extensão, no movimento do comércio em geral.