Jovens são os principais infectados pela Covid-19 em Chapecó

Jovens são os principais infectados pela Covid-19 em Chapecó

25 de novembro de 2020 Off Por Editor



  • Nesta quarta-feira (25) o município chegou a 88 mortes por Covid-19, a vítima é uma idosa de 79 anos.

    Mais da metade dos casos confirmados de Covid-19 em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, é de pessoas entre 20 e 39 anos. Somente entre os jovens de 20 a 29 anos são 2.509 e outros 2.553 na faixa etária entre 30 e 39 anos. Totalizando 5.062 (55%) casos positivos da doença.

    As informações são do Boletim Epidemiológico divulgado na última sexta-feira (18), divulgado semanalmente pela Secretaria de Saúde do município.

    Entre as mortes, a maioria delas é de pessoas com idades entre 80 a 89 anos. Nesta faixa etária foram 26 mortes (30,6%). O número aumentou para 28 após a morte de um homem de 81 anos e de uma mulher de 83 anos, na última terça-feira (24).

    Principais vetores

    Conforme o Boletim, o percentual de infectados é mais baixo entre as faixas etárias mais altas, quando comparados as faixas etárias mais jovens. No entanto, a taxa de letalidade é mais alta. Entre 80 e 89 anos os infectados representam 0,9% do total de casos confirmados, mas a taxa de letalidade é de 30,6%.

    Mesmo não estando entre as principais vítimas fatais, os jovens, por serem os principais acometidos pela doença acabam se tornando os vetores do vírus. Segundo a diretora técnica da Secretaria de Saúde e médica, Aldarice Pereira da Fonseca, é necessário que haja uma conscientização e empatia, principalmente por parte dos jovens, para que a transmissão do vírus seja reduzida.

    “Os jovens são os principais vetores do vírus.

    Nível gravíssimo

    “Chegamos ao nível gravíssimo. O número de casos está crescendo e, consequentemente, a ocupação dos leitos de UTI e enfermaria. A média móvel dos casos em julho era de cerca de 80 casos por dia, em outubro caímos para 26 e em novembro subimos para 99”, destaca.

    A médica alertou para a superlotação também nos atendimentos entre os dois ambulatórios do município, inclusive com a necessidade de contratação de novos profissionais.

    “Há três semanas o número de coletas nos ambulatórios durante o fim de semana oscilava entre 60 a 80 anos. Subimos para 200 e no último fim de semana para 300 coletas”, ressalta.

    Conscientização é o caminho

    Aldarice relembra a importância dos cuidados básicos para frear a transmissão do vírus. Uso de máscara, lavar as mãos com frequência, higiene com álcool em gel, não compartilhar itens pessoais. São alguns dos cuidados essenciais, segundo a médica. “Não podemos nos aglomerar, precisamos retomar as precauções para que possamos quebrar a cadeia de transmissão. A pandemia ainda não acabou”, frisou.

    Cresce o número de mortes

    Com o aumento no número de casos confirmados, Chapecó também teve crescimento no número de mortes. Somente nesta semana foram quatro novas mortes. A última ocorreu nesta quarta-feira (25), chegando a 88 óbitos. A vítima foi uma mulher de 79 anos, com registro de outras doenças. Ela estava internada no HRO (Hospital Regional do Oeste).

    O número de casos ativos chegou a 1.038. No total 10.046 pessoas já contraíram o vírus no município e 8.920 já estão recuperados. Em internação estão 83 pacientes. São 33 em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 50 em enfermaria. Outros 1.183 aguardam o resultado de exames.

    Com informações ND+