Garotos de programa são presos por extorquir homens casados em SC; entenda

Garotos de programa são presos por extorquir homens casados em SC; entenda

14 de abril de 2023 Off Por Editor



  • A dupla também fez vítimas no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Distrito Federal

    A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta quinta-feira (13) dois criminosos suspeitos de extorquir homens casados. A dupla, de 22 e 27 anos, fazia anúncios fakes em sites de garotos de programa em cidades espalhadas pelo Brasil para localizar possíveis vítimas e, em seguida, chantageá-las. Segundo a Polícia Civil, em cinco meses, a dupla fez vítimas em Santa Catarina, no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Distrito Federal.

    Eles tinham como alvo o público LGBTQI+. Segundo as investigações da Polícia Civil, inicialmente, a vítima entrava em contato com os autores por meio do número de aplicativo indicado nos anúncios. Durante a conversa, os autores ganhavam a confiança da vítima e levantavam informações pessoais para extorqui-la. Além disso, os autores trocavam fotografias de cunho sexual para ter material guardado e disponível para chantagem posteriormente.

    As investigações ainda apontaram que os criminosos visavam pessoas com certo poder aquisitivo e que fossem casados.

    Quando identificavam um homem que se encaixava nesse perfil, os autores revezavam-se em extorquir as vítimas e exigir delas a realização de transferências bancárias entre R$ 3 mil e R$ 10 mil para não expor a intimidade da pessoa a familiares, especialmente esposas e companheiras, empregadores e pessoas próximas.

    No Distrito Federal, a ação da dupla era semelhante: apresentavam-se como atores cariocas por meio de anúncios digitais, publicados em pelo menos cinco sites, direcionados ao público LGBTQI+. A intenção era persuadir e prospectar clientes de alto poder aquisitivo, como empresários e servidores públicos do alto escalão.

    Os presos responderão pelos crimes de extorsão, podendo ser condenados a uma pena de até 15 anos para cada vítima identificada. Eles mantinham residência em São Paulo e foram detidos com apoio da 1ª Delegacia de Polícia Civil do Estado de São Paulo.