SC exporta US$ 5,8 bilhões até junho e se torna líder na venda de embarcações

SC exporta US$ 5,8 bilhões até junho e se torna líder na venda de embarcações

14 de julho de 2023 Off Por Editor



  • SC alcançou liderança na venda de embarcações de lazer e serviços e avançou na venda de gelatinas

    Santa Catarina alcançou no primeiro semestre de 2023 a soma de US$ 5,8 bilhões com exportações, o que representa recuo de -0,6% frente ao mesmo período do ano passado. As vendas de alimentos avançaram e as de itens de alto valor para países ricos caíram devido a efeitos da Covid e a guerra na Ucrânia. Porém, o Estado alcançou a liderança na venda de embarcações de lazer e serviços e avançou na venda de gelatinas.

    Nas importações, SC somou US$ 14,0 bilhões, com alta de 4,2% e recorde semestral desde o início da série histórica, em 1997. Os dados são do Observatório Fiesc (Federação das Indústrias de SC), que acompanha as publicações da Secretaria de Comércio Exterior do governo federal. Ainda no semestre, SC registrou corrente de comércio (exportação mais importação) de US$ 19,85 bilhões — crescimento de 2,8%. O déficit comercial ficou em US$ 8,24% no período.

    Uma das prioridades da Fiesc é incentivar o avanço de exportações de alto valor agregado. Na balança comercial deste ano, destacam-se as vendas de embarcações. O segmento de lanchas e iates, do qual SC é líder em produção, alcançou exportação de US$ 33,0 milhões, principalmente para EUA e Itália. Outro destaque foi a venda de navios de pesca para o Chile, que somaram US$ 28 milhões.

    Ainda nesse foco da indústria, segundo o Observatório Fiesc, houve avanço nas vendas de insumos industriais. Um dos destaque foram gelatinas e derivados (colágeno) para o México. O Estado conta com indústria de valor bilionário nesse segmento. Além disso, SC exportou iodatos para a Bélgica e fios de cobre para a Argentina.

    — A indústria catarinense tem fortalecido sua presença no mercado global e aumentado sua importância como fornecedor de insumos do setor automotivo para a Europa e América Latina. Isso contribuiu para a valorização no preço médio exportado do Estado, alcançando no primeiro semestre o valor de US$ 1,4 por quilo. Com isso, Santa Catarina se mantém com o maior preço médio de exportação do país, dentre os maiores produtores nacionais — explica o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

    Conforme o Observatório, a indústria de alimentos e bebidas exportou 15,1% mais no primeiro semestre, totalizando receita de US$ 2,2 bilhões. O agronegócio vendeu 10,2% mais, com acréscimo de US$ 474,6 milhões nas vendas de carnes e grãos. As vendas de carne suína fresca ou congelada no semestre somaram US$ 745,0 milhões — 26,3% mais. Os maiores mercados externos no semestre foram a China, seguida pelos EUA.

    Sobre as importações, que se destacam pelos insumos industriais, o que puxou a alta no semestre foram itens automotivos, como pneus de borracha e borracha sintética. Cobres e fios têxteis seguiram em destaque. Ainda segundo o Observatório da Fiesc, também avançaram compras de bens de consumo como eletrodomésticos da linha branca, aparelhos telefônicos, alimentos industrializados e o segmento de cosméticos.

    O ritmo geral das exportações catarinenses segue o da economia mundial, embora um pouco mais devagar. No auge do consumo da pandemia, em 2021, as vendas externas de SC cresceram 26,6% e a corrente de comércio avançou 66%. Em 2022, as exportações tiveram alta de 16%, com variação semelhante da corrente de comércio.

    Agora, com cenário recessivo nos EUA e na Europa, o resultado da balança de SC é de estabilidade, apesar do crescimento da venda de alimentos para a Ásia e América Latina.

    Com informações NSC Total