Audiência da paz: Chape e viúvas acenam com acordo para ação na Justiça

Audiência da paz: Chape e viúvas acenam com acordo para ação na Justiça

24 de maio de 2017 Off Por Chapecó



  • Primeiro encontro é positivo e próximo passo é negociação direta com o clube sobre indenizações. Esposas de Gil, Ananias, Bruno Rangel, Aílton Canela e Gimenez cobranças remuneração integral, danos morais e lucro cessante.

    Bandeira branca no primeiro encontro judicial envolvendo familiares de jogadores mortos no acidente de 29 de novembro e a Chapecoense. Em série de audiências no início da noite de segunda-feira, na Justiça do Trabalho de Chapecó, as viúvas de Gil, Ananias, Bruno Rangel, Aílton Canela e Gimenez acenaram com a possibilidade de acordo com o clube. As cobranças são de integralização da remuneração do marido, danos morais e lucro cessante, referente à expectativa de vida profissional interrompida pela morte.

    Apesar de o processo seguir normalmente na Justiça, os próximos passos apontam para negociação direta da Chapecoense com o quinteto, que é representado pelo escritório Camilo e Martinez, de São Paulo. A viúva de Lucas Gomes também conta com o mesmo advogado e está na fase final coleta de documentação para entrar com a ação nos mesmos moldes. Letícia, viúva de Danilo, também entrou com a ação, mas optou por outro escritório de advocacia.

    A expectativa é de que as conversas avancem por mais de dois meses até que novas audiências sejam marcadas. Apesar de todas as famílias apontarem as mesmas cobranças, os casos são tratados de maneira individualizada, mas com parâmetros semelhantes. As negociações com a Chapecoense vão apontar a direção para que o acordo seja selado.

    A resolução do processo terá interferência direta nas indenizações a serem pagas daqui para frente. Todo cálculo feito até o momento tem como base o salário previsto na carteira de trabalho dos jogadores, o que é questionado pelos familiares. Essa foi a matemática, por exemplo, dos 40 salários pagos de seguro pela própria Chapecoense (28) e pela CBF (12). A argumentação dos advogados leva em conta a divisão entre CLT e direito de imagem, que impacta diretamente ainda em outros vencimentos dos atletas, como premiação por vitórias e títulos.

    Fonte: GLOBO ESPORTE