
Impressão digital ajuda polícia a solucionar assassinato após quase 50 anos
15 de maio de 2025Quase meio século depois do assassinato brutal de Jeannete Ralston, de 24 anos, a polícia da Califórnia acredita ter finalmente solucionado o caso
A resposta veio de uma impressão digital deixada em uma caixa de cigarro, esquecida desde 1977, e que agora levou à identificação e prisão do suspeito. Ralston desapareceu em fevereiro daquele ano, após sair de um bar para comprar cigarros. Ela foi encontrada morta, estrangulada, no banco de trás de um Fusca. As investigações começaram logo após o crime, mas não avançaram por falta de tecnologia. A polícia coletou impressões digitais, traçou um retrato falado do suspeito e armazenou o material. Na época, nenhuma das evidências teve correspondência no banco de dados do FBI. O caso voltou à tona em 2018, quando uma atualização no algoritmo do sistema de identificação criminal reacendeu o inquérito. “Os examinadores de impressões digitais da polícia de San Jose nos disseram que tínhamos uma correspondência que levou nossos investigadores a uma pequena cidade em Ohio”, explicou o promotor Rob Baker ao The New York Times.
Assassinato de Jeannete Ralston é esclarecido quase 50 anos depois
A nova análise apontou para Willie Eugente Sims, hoje com 69 anos, que vivia em Ohio. Ele foi detido sem direito a fiança na última sexta-feira (9), acusado formalmente pelo assassinato de Jeannete. Em 1977, quando o crime ocorreu, Sims tinha 21 anos e servia ao Exército. Um ano depois, foi condenado por agressão e tentativa de homicídio, cumprindo quatro anos de prisão. Com o cruzamento da impressão digital e a comparação do retrato falado com fotos antigas, os investigadores chegaram até ele. O avanço representa um marco para a família da vítima. Jeannete deixou um filho de seis anos, Allen Ralston, que hoje, aos 55, comemora o encerramento do mistério que o acompanhou por toda a vida. “Sabe, em toda a minha vida eu nunca entendi o que o Dia das Mães significa. Como se agradece a alguém por algo assim [pela prisão]?”, disse Allen, emocionado, ao jornal. O promotor Rob Baker reforça a persistência da equipe: “Nós nunca desistimos [do caso]”. E graças a esse esforço, uma história que parecia esquecida finalmente teve um desfecho.