
Medidas de defesa sanitária são intensificadas em SC após caso de gripe aviária no RS
16 de maio de 2025Nota técnica indica ações para garantir proteção do estado catarinense e dar segurança aos países importadores
A Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (SAR) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) emitiram uma nota técnica nesta sexta-feira, dia 16, devido à confirmação do primeiro caso de gripe aviária na história do Brasil em uma granja comercial. A nota indica (leia na íntegra mais abaixo) medidas sanitárias para garantir a proteção do estado catarinense e dar segurança aos países importadores. Nesta sexta-feira, dia 16, a China suspendeu as importações de carne de frango de todo o Brasil devido ao registro do caso em Montenegro, na Região Metropolitana do Rio Grande do Sul. “Santa Catarina emite Alerta Máximo para que a avicultura comercial reforce as medidas de biosseguridade. Além disso, o Estado intensifica as ações de defesa sanitária animal, entre elas estão a análise da movimentação e produtos de origem animal vindos da região do foco; o direcionamento da atividade de vigilância ativa em propriedades que receberam animais daquela região nos últimos 30 dias; e orientação aos Postos de Fiscalização Agropecuária (PFFs) da divisa sul para intensificar a inspeção documental e física de todas as cargas de aves e ovos férteis provenientes do Rio Grande do Sul”. Os médicos-veterinários da Cidasc também foram orientados a manter a avaliação criteriosa nos atendimentos de casos suspeitos de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves (SRN) e a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) é enquadrada. Além de intensificar as orientações durante as vigilâncias e certificações de rotina, tanto em plantéis de aves comerciais, quanto em aves de subsistência, sobre a importância da biosseguridade na prevenção das doenças das aves. “Santa Catarina é o segundo maior exportador de carne de frango do Brasil, e isso se deve à implementação das normas de biosseguridade na avicultura e pelo trabalho da defesa sanitária, por meio da Cidasc. Seguindo as orientações do governador Jorginho Mello, estamos vigilantes e reforçando todas as medidas para impedir a entrada dessa doença em Santa Catarina. Precisamos que cada um faça sua parte”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini. Secretaria e Cidasc alertam que o momento requer atenção máxima e, diante da importância econômica e social da avicultura para Santa Catarina, a adoção das medidas é de extrema relevância. A depender da evolução do cenário epidemiológico, novas medidas poderão ser adotadas pela Cidasc.
Nota técnica:
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou na quinta-feira, dia 15, um foco de gripe aviária em uma granja comercial no Rio Grande do Sul. A detecção ocorreu em uma matriz de aves comerciais no município de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Esse é o primeiro foco do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) detectado em sistema de avicultura comercial no Brasil. A circulação do vírus da gripe aviária ocorre desde 2006, principalmente na Ásia, África e no norte da Europa. O Mapa alerta que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. “A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)”, afirma uma nota divulgada pelo ministério. “As medidas de contenção e erradicação do foco previstas no plano nacional de contingência já foram iniciadas e visam não somente debelar a doença, mas também manter a capacidade produtiva do setor, garantindo o abastecimento e, assim, a segurança alimentar da população”, informa ainda a pasta. O Mapa também está realizando a comunicação oficial aos entes das cadeias produtivas envolvidas, à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), aos Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente e aos parceiros comerciais do Brasil.
Com informações Oeste Mais