Preço do cesto básico volta a subir: saiba o que ficou mais caro em junho

Preço do cesto básico volta a subir: saiba o que ficou mais caro em junho

13 de junho de 2025 Off Por Editor



  • O Boletim de preços do Cesto Básico, desenvolvido pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó e pelo Observatório Pollen, acompanha mensalmente os preços de 57 produtos e três serviços tarifados, considerando o consumo de famílias com renda entre 1 e 5 salários-mínimos. A coleta foi realizada nos dias 4 e 5 de junho em 10 estabelecimentos comerciais de Chapecó, e indicou que o consumidor chapecoense passou a precisar de 1,75 salários-mínimos para adquirir o cesto de produtos básicos em junho de 2025. Comparado à maio, os números apontaram um aumento de 0,31%, isso indica que para adquirir os mesmos produtos do mês anterior, é necessário desembolsar R$8,25 a mais. Isso indica uma perda no poder de compra; vale ressaltar que produtos in natura, como tomate, são os que mais variam devido ao clima. Entre os produtos com maior variação no período estão o tomate comum, com um aumento expressivo de 37,97%, o extrato de tomate (60,72%), batata-doce (60,72%) e sabão em pó (29,39%). Também apresentaram crescimento os preços do alho (27,54%) e do alface (15,33%). De acordo com o estudo, a elevação dos produtos in natura é reflexo direto das condições climáticas adversas do período. Por outro lado, alguns itens registraram uma queda considerável nos valores, com destaque para a carne de frango (-13,56%), ovos (-14,02%), caldo de galinha (-14,97%) e couve (-16,92%). Entre os produtos não alimentares, o sabonete apresentou o maior índice, de 17,16%. A redução dos preços dos ovos já era esperada após o fim da quaresma, aliada à reorganização da cadeia produtiva e queda no preço do milho. Já o recuo da carne de frango está ligado ao aumento da oferta no mercado interno após restrições de exportação por conta de um caso de gripe aviária ocorrida no Rio Grande do Sul.

    Análise dos dados

    Ao analisar os grupos de produtos, os itens in natura subiram 5,01%, enquanto os semi-industrializados caíram 1,83% e os industrializados registraram leve queda de 0,21%. Produtos de higiene e limpeza apresentaram variação distinta: higiene caiu 4,24%, enquanto materiais de limpeza subiram 15,53%, puxados pelo sabão em pó.

    Os serviços tarifados, como água, luz e gás, também tiveram leve aumento. A energia elétrica ficou 1,34% mais cara, reflexo da bandeira tarifária amarela. O grupo como um todo subiu 0,54%.

    Aumento da Cesta Básica

    Além do cesto, a pesquisa também atualizou o valor da cesta básica, composta por 13 itens essenciais, como arroz, feijão, carne, café e leite. Em junho, ela passou a custar R$608,02, um aumento de 3,67% em relação ao mês anterior. Com isso, passou a representar 0,401 salários-mínimos. O destaque entre as altas foi novamente o café moído, com reajuste de 11,07% no mês e alta acumulada de mais de 50% em 2025, devido à quebra de safra no Brasil e no Vietnã.

    Confira o boletim completo aqui.