Senado aprova o absurdo aumento do número de deputados federais

Senado aprova o absurdo aumento do número de deputados federais

26 de junho de 2025 Off Por Editor



  • Votação teve o mínimo de votos necessários e projeto retornou à Câmara, onde foi rapidamente confirmado

    Com o número mínimo de votos necessários, o Senado Federal aprovou por 41 votos o absurdo aumento de 513 para 531 cadeiras na Câmara dos Deputados, a partir das eleições de 2026, uma operação espúria que terá um custo estimado em R$ 94,6 milhões por ano. Outros 33 senadores votaram contra. Um escárnio com a população brasileira, em nome de recomposição de estados que supostamente perderiam representatividade, e que parece ignorar a grande luta para que a estrutura estatal diminua, e todo o Estado brasileiro persiga o controle de gastos, o tal equilíbrio fiscal. Como houve mudanças no Senado, o projeto precisou voltar à Câmara, porém foi aprovado rapidinho, na calada da noite, e agora depende da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por determinação do Superior Tribunal Federal (STF), em função do último censo do IBGE, que mediu a população brasileira, em 2022, a Câmara dos Deputados deveria recompor o tamanho das bancadas por Estado. Santa Catarina passaria, de qualquer maneira, de 16 deputados para 20, sem que se aumentassem todas as bancadas.

    Assim, se respeitada a determinação, perderiam vagas:

    Rio de Janeiro (4),
    Rio Grande do Sul (2),
    Piauí (2),
    Paraíba (2),
    Bahia (2),
    Pernambuco (1), e
    Alagoas (1)

    Já os que ganhariam vagas pela representatividade, via censo:

    Santa Catarina (4),
    Pará (4),
    Amazonas (2),
    Ceará (1),
    Goiás (1),
    Minas Gerais (1), e
    Mato Grosso (1).

    Agora, pelo projeto, os estados que ganham novas vagas são:

    Minas Gerais (1);

    Pará (4);
    Santa Catarina (4);
    Amazonas (2);
    Mato Grosso (2);
    Rio Grande do Norte (2);
    Paraná (1);
    Ceará (1) e
    Goiás (1);

    Como votaram os senadores de Santa Catarina:

    O senador Esperidião Amin (PP) votou contra a proposta. O senador Jorge Seif (PL) não votou por estar em deslocamento da China para o Brasil, onde deve chegar nesta quinta-feira (26), às 7h da manhã. Assessoria de Ivete Appel da Silveira (MDB), ainda não retornou.