Tarifas Americanas: O Troféu Inevitável para a Diplomacia Lula

Tarifas Americanas: O Troféu Inevitável para a Diplomacia Lula

15 de julho de 2025 Off Por Editor



  • A política externa terceiro-mundista de Lula coloca em risco a economia brasileira

    America First: esse é o princípio fundamental da gestão Trump. Caso Lula e o Itamaraty tivessem entendido essa máxima simples de somente duas palavras, talvez tivéssemos conseguido prevenir a deterioração das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. No entanto, fiel à tradição do governo Lula, escolheu-se o caminho da imprudência, impulsionado pela megalomania de um líder preso ao passado e cercado por assessores mais empenhados em elevar seu ego do que em proteger os reais interesses do país. A imprudência do governo Lula brota de uma política externa totalmente desalinhada com o panorama político internacional contemporâneo. O Itamaraty segue ancorado na mentalidade dos anos 1960, quando nações subdesenvolvidas vociferavam contra o “imperialismo estadunidense” e a “visão eurocêntrica” como obstáculos ao seu progresso e soberania. Lula continua incorporando o surrado discurso nacionalista ainda ressonante na sociedade para alavancar políticas socialistas, como o protecionismo econômico que amplia o tentáculo estatal sobre a economia nacional, ou a fabricação de vilões externos que servem de munição política para perpetuar o poder da esquerda. Tudo isso feito em nome de uma “soberania nacional” mais retórica do que real. O despertar de Trump pelo Brasil não decorre somente do aparelhamento da máquina judiciária para minar o projeto político de Bolsonaro, apesar da afinidade política e pessoal que ele mantém com a família do ex-presidente. Afinal, a ideologia é raramente o fator decisivo nas relações de Trump com outros países. Para Trump, negócios são negócios, independentemente da cor partidária. Basta ver que ele cultivou laços cordiais com diversos líderes de esquerda, como o companheiro de Lula, o ex-presidente mexicano López Obrador. No entanto, o mesmo Trump não hesitou em ameaçar sanções e tarifas extras de 25% à Colômbia após o presidente Gustavo Petro recusar a chegada de dois voos militares americanos transportando imigrantes ilegais deportados dos Estados Unidos. Embora as medidas tenham sido suspensas após um acordo relutante de Bogotá, o episódio reforça que o que realmente move Trump é a doutrina America First. Lula parece não ter percebido que o mundo de 2010, quando deixou a presidência, evaporou há tempos. O multilateralismo revelou-se uma estrutura frágil, incapaz de lidar com as crises contemporâneas. O paradigma da liberalização dos mercados e da democratização global saiu de moda, substituído por realidades mais pragmáticas e protecionistas. A geopolítica, por sua vez, torna-se cada vez mais volátil, com a Europa em um rápido declínio político e econômico. A Rússia persiste em exportar seus erros pelo mundo. Enquanto isso, a Ásia se consolida como o epicentro do comércio mundial. Os Estados Unidos mantêm sua posição de superpotência econômica, política e militar. No entanto, eles não são mais os mesmos: tanto o Partido Republicano quanto o Democrata passaram por transformações radicais. Com Trump de volta ao poder, o bilateralismo reassume o centro do palco, priorizando negociações diretas que coloquem os interesses americanos em primeiro. Organizações internacionais, por sua parte, são vistas como ferramentas cooptadas por grupos de influência e propostas que, há bastante tempo, se afastaram dos interesses dos Estados Unidos. No entanto, Lula insiste em cortejar uma relevância ilusória por meio do tão alardeado “multilateralismo” nas relações internacionais. Em sua busca por um protagonismo cada vez mais ilusório, ele advoga a ideia de desdolarização da economia global, alia-se a governos considerados parias, como Irã e Rússia, adota uma postura hostil em relação a Israel e promove uma agenda de censura que afeta diretamente as empresas de tecnologia americanas. Essas posições, entre tantas outras, chocam-se de frente com a nova doutrina de política externa dos EUA, expondo o Brasil a uma vulnerabilidade desnecessária nas relações bilaterais. Caso Lula tivesse optado por simplesmente calar-se quando o tema é Estados Unidos, o Brasil poderia emergir como um dos principais beneficiados na reestruturação comercial promovida pelos americanos. Quando Trump divulgou o primeiro pacote de tarifas, o Brasil recebeu a alíquota mais baixa, de somente 10%. Afinal, os Estados Unidos detêm um superavit comercial com o Brasil. No entanto, logo após a Cúpula dos BRICS, o Brasil agora encara a alíquota mais elevada no segundo pacote de negociações com Trump, saltando para 50%. Lula personifica o líder populista que, com maestria, antepõe os interesses de seu círculo político aos do país como um todo. Ao vociferar que as tarifas impostas por Trump representam uma afronta à soberania brasileira, ele convenientemente esquece que, apenas uma semana antes, estava em Buenos Aires posando com um cartaz de “Cristina Libre” uma intromissão nada sutil nos assuntos internos da Argentina. De acordo com uma reportagem do Financial Times de junho de 2023, o próprio governo Biden pressionou políticos e generais brasileiros a não questionarem o contencioso processo eleitoral de 2022, e Lula não ergueu um dedo contra essa interferência americana afinal, ele era o beneficiado. Do mesmo modo, ele não vê sinal de subserviência aos Estados Unidos quando seus aliados se reúnem com figuras do Partido Democrata para promover interesses partidários. A hipocrisia petista atinge patamares quase olímpicos quando Lula se erige em paladino do livre comércio, ignorando que o Brasil mantém (dados de 2022) uma tarifa média de 11,2% sobre as importações americanas, ao passo que os EUA aplicam apenas 2,2% sobre os produtos brasileiros. Isso sem mencionar o arsenal de barreiras não tarifárias que o Brasil impõe aos Estados Unidos, abrangendo subsídios estatais, cotas de importação e medidas antidumping que distorcem o jogo comercial a favor do protecionismo local. Agora, Lula e seus aliados políticos prometem retaliar os EUA uma postura tão infantil que nem potências como Reino Unido, União Europeia e Índia cogitaram adotá-la de imediato, preferindo sentar-se à mesa para negociar acordos que mitiguem os impactos tarifários. Lula, com seu pseudo-nacionalismo datado e espalhafatoso, age como um chihuahua latindo para um pitbull voraz. O risco é pavimentar o caminho para uma retaliação americana ainda mais devastadora à economia brasileira, como restrições ao acesso do país ao sistema financeiro dos EUA ou sanções adicionais. Resta esclarecer se o Brasil prefere aproximar-se do mundo livre, preservando o acesso de sua economia ao maior mercado consumidor global, ou se tornar um defensor de regimes autocráticos, como sugerem suas alianças recentes no âmbito dos BRICS. Os brasileiros decentes anseiam pelo rumo da liberdade e da prosperidade. O desafio é convencer o governo a priorizar o caminho que verdadeiramente atende aos interesses da nação.

    Com informações SCC10