Para maioria, STF exagerou nas penas do 8 de janeiro

Para maioria, STF exagerou nas penas do 8 de janeiro

14 de agosto de 2025 Off Por Editor



  • Entrevistados pelo instituto AtlasIntel também rejeitam a aplicação de penalidades superiores a 15 anos e a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro

    A maioria absoluta da população brasileira discorda das penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos acusados pelos incidentes de 8 de janeiro de 2023. É o que mostra levantamento que o instituto AtlasIntel, em parceira com a agência de notícias Bloomberg, divulgou nesta quinta-feira, 14. Conforme a pesquisa, 51,1% dos entrevistados avaliam que as sentenças superiores a 15 anos de prisão foram exageradas. Enquanto isso, 62,3% consideram inadequado o episódio de invasão registrado naquela data, enquanto 23,9% o classificam como parcialmente justificável.

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    Opiniões divididas sobre Bolsonaro e o 8 de janeiro

    A pesquisa da AtlasIntel também indagou os entrevistados sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e as acusações de envolvimento nos atos de 8 de janeiro. Para 50% dos consultados, ele não foi responsável pelas invasões ocorridas naquela data, enquanto 48,8% acreditam que o ex-presidente teve participação no episódio.

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    O levantamento ainda apurou a percepção sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral que tornou Bolsonaro por oito anos. Nesse ponto, 50,1% disseram discordar da medida, e 49,5% afirmaram concordar com a decisão. Por fim, 52,1% dos entrevistados se disseram contra a prisão domiciliar do ex-presidente da República, enquanto 47% apoiaram a penalidade.

    Detalhes da pesquisa

    O levantamento da AtlasIntel, realizado de 3 a 6 de agosto de 2025 com 2.447 entrevistados, tem margem de erro de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos, nos resultados gerais. A amostra é composta majoritariamente de mulheres (56%) e reúne participantes de todas as faixas etárias, com maior concentração entre pessoas de 45 a 59 anos (25,2%). Em termos de escolaridade, 42,1% possuem ensino médio completo, enquanto 31,3% têm apenas o ensino fundamental e 26,6% concluíram o ensino superior. A renda familiar mensal varia, sendo que 31% recebem até R$ 2 mil e apenas 9,6% ultrapassam os R$ 10 mil.

    Com informações Revista Oeste