
Tomate, cebola e batata puxam queda de preços no cesto básico em Chapecó
17 de setembro de 2025O Boletim de preços do Cesto Básico, desenvolvido pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó e pelo Observatório Pollen, acompanha mensalmente os preços de 57 produtos e três serviços tarifados, considerando o consumo de famílias com renda entre 1 e 5 salários-mínimos. A coleta foi realizada nos dias 3 e 5 de setembro em 10 estabelecimentos comerciais de Chapecó, e indicou que o consumidor chapecoense passou a precisar de 1,736 salários-mínimos para adquirir o cesto de produtos básicos em setembro de 2025. Uma leve melhora no poder de compra foi registrada em relação a agosto, com redução de -1,51% no custo do Cesto Básico. O valor total caiu de R$2.675,25 para R$2.634,94, o que representa R$40,31 a menos para adquirir os mesmos produtos. A queda foi puxada principalmente por alimentos in natura, como tomate (-38,60%), cebola (-36,08%) e batata (-32,85%). O arroz também seguiu em baixa pelo terceiro mês consecutivo, alcançando a menor cotação desde 2022. Em contrapartida, alguns produtos apresentaram aumento expressivo, como farinha de milho (+27,10%), iogurte (+14,47%) e carne de frango (+8,44%), esta última influenciada pela retomada das exportações e pelos custos de produção. Produtos industrializados e semi elaborados mostraram variação positiva, enquanto os in natura concentraram as maiores reduções. A energia elétrica também contribuiu para elevação nos serviços tarifados, com aumento de 4,22% em setembro. No detalhamento do Cesto, alimentos totalizaram R$1.954,52, com forte queda em itens in natura (-16,74%) e alta em semi-industrializados (+1,97%). Produtos não alimentares permaneceram estáveis (+0,01%), enquanto serviços tarifados somaram R$459,72 (+0,67%). Esse comportamento reflete o impacto de oscilações no mercado agropecuário, no setor energético e nas dinâmicas de exportação. A Cesta Básica, composta por 13 itens do DIEESE, também registrou queda em setembro, recuando -3,79% em relação a agosto. O valor passou de R$625,38 para R$601,71, exigindo 39,64% de um salário-mínimo para aquisição. A redução foi impulsionada principalmente por produtos in natura, como tomate, batata e feijão, enquanto leite e derivados apresentaram alta na região, em movimento contrário à tendência nacional.