CHAPECÓ – Paleoartista Katielly descreve e batisa Titanossauro que viveu em terras de Chapecó: o Magnífico “CHAPECOSSAURO Sulamericanoi “

CHAPECÓ – Paleoartista Katielly descreve e batisa Titanossauro que viveu em terras de Chapecó: o Magnífico “CHAPECOSSAURO Sulamericanoi “

18 de agosto de 2017 Off Por Chapecó



  • Alguns dinossauros pelo mundo afora foram descritos com apenas um osso, ou um pedaço de osso. Alguns foram descritos apenas pelas “Impressões fósseis” como pegadas, ou partes de ossos impressos na rocha e que depois se decomporem. Através de evidências fósseis regionais, explica a paleo-artista Katielly Lanzini, “também é possível descrever animais pré-históricos que habitaram determinadas regiões, como o Oeste Catarinese e, mais precisamente, Chapecó”.
    Titãnossauros foram encontrados em todas as partes do mundo. Era endêmico. Milhares de espécies desta família dos saurópodes(os pescoçudos gigantescos), viveram entre 205 milhões a 65 milhões a.C. As características mais marcantes destes bichos, comenta Katielly, “eram o longo pescoço e igualmente, uma enorme cauda, cabeças bem pequenas, e peso que variava entre um elefante(cerca de 2 toneladas) até 40 toneladas, além da alimentação exclusivamente herbívora”.
    Os titãnossauros encontrados mais próximos de nós, no atual oeste catarinense, vem da Argentina e alguns de São Paulo. São dezenas de espécies conhecidas a partir de um punhado de ossos e outros, encontrados inteiros. O fato, comprovado pelos paleontólogos, explica Katielly, “é que estas espécies eram migratórias, como os grandes animais da África atual. Na Patagônia argentina, foram encontrados centenas de ninhos fósseis de dinossauros “pescoçudos”, ou seja, eles punham seus ovos no sul do antigo continente nos meses quentes e depois retornavam para o centro da atual América Latina em busca de vegetação nova e fresquinha. E assim, muitas espécies de dinosauros passaram por nossas terras há mais de 65 milhões de anos, antes da grande extinção. As terras do oeste catarinense, palco de antigos vulcões extintos pelo menos a 100 milhões de anos, teve como característica os deslizamentos, a erosão sistemática dos solos muito acidentados, que sepultou para sempre os animais que por aqui passaram, morreram e eventualmente foram fossilizados. E também não se conhece nenhum afloramento ou soerguimento de camadas sedimentares na região de Chapecó que pudessem revelar animais fósseis de tão longa data, como ocorre, por exemplo, na formação Santa Maria(no centro do Rio grande do Sul), onde foram descobertos fósseis com mais de 200 milhões de anos, em solos que podem ter sido “enterrados” e mais tarde, afloraram por conta da erosão.
    Assim, conclui Katielly Lanzini, “de todas as espécies mais conhecidas,popularizadas pela literatura e o cinema, com certeza as consideradas endêmicas, caminharam em terras de Chapecó, como em todo o Brasil, com destaque para os titanossauros e os carnossauros(da familia do famoso Tiranossauro Rex). E se estas criaturas endêmicas estavam aqui, simplesmente porque habitaram todo o planeta, é muito provavel que outros dinossauros menores e “não tão famosos”, também seguiram as manadas, conviveram, e os predarores, naturalmente caçaram e se alimentaram durante os grandes fluxos migratórios”.
    Isto posto, finaliza a paleoartista chapecoense, na descrição do nosso titanossauro, a partir das evidências fósseis das nossas vizinhanças, “eu procurei compor um grande saurópode que reune as características basais, de todos os demais saurópodes, sem definir exatamente o gênero, mas a ordem e a subordem que é o que temos certeza. Mas, se fosse optar por um gênero mais logicamente presente em terras de Chapecó, optaria pelo Patagossaurus, encontrado no sul da Argentina, ou o Saltassauro, encontrado na província de Salta, também na Argentina e mais próxima de nós; Estes dinos, certamente, se não habitaram Chapecó entre 170 e 65 milhões de anos, no mínimo, transitaram pelo continente durante as longas migrações. É tão certa a presença destas espécies em terras do oeste catarinense, como foram as Preguiças gigantes, os tigres de dentes de sabre e outros animais da “Era do Gelo”, igualmente, animais endêmicos de toda a América latina”.
    Katielly lembra que tanto o Patagossaurus como o Saltassaurus, mediam entre 12 e 18 metros de comprimento, do focinho até a ponta da cauda. O seu espécime, mede cerca de 8,5 metros, o equivalente a um filhote/adolescente de titã. O que já nos oferece uma idéia da grandeza deste gênero de criatura.
    A maioria absoluta dos dinossauros não foram encontrados com restos fósseis de pele, couraças ou cor da pele. Por isso, os paleontólogos e paleoartistas “imaginam” cores dentro de aspectos de coerência, segundo a necessidade de camuflagem, exibição, etc. Assim, em homenagem a Chapecoense, a artista optou por duas cores que poderiam ser facilmente encontradas em espécies da região, como o verde e o branco, que poderiam facilitar o trânsito dos filhotes entre o verde das matas, , sem atrair a atenção de predadores, pelo menos até atingirema fase adulta, quando poderiam trocar de cor.
    E assim nasceu o “CHAPECOSSAURO”, em homenagema Chapecoense, tendo como nome binomial “Sulamericanoi” em homenagem a conquista da copa sulamericana.

    MAIS INFORMAÇÕES –
    O “Chapecossaurus Sulamericanoi”, é uma criação exclusiva e técnica da paleoartista Katielly Lanzini, que vai buscar a sua classificação oficial através de publicação em revista científica especializada. Por ora, a criação existe em forma de escultura tridimensional, construída com armação em ferro e revestimento de resina e fibra de vidro. Até hoje, nenhum dinossauro foi classificado em Santa Catarina.
    Este “Chapecossaurus Sulamericanoi” terá textura verde e branco em homenagem a Chapecoense.

    Fonte: Roberto Lorenzon