Quem é o pastor de SC que assina superpedido de impeachment de Bolsonaro

Quem é o pastor de SC que assina superpedido de impeachment de Bolsonaro

1 de julho de 2021 Off Por Editor



  • Inácio Lemke é presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) e critica a postura do governo no combate à pandemia.

    O pastor catarinense Inácio Lemke é um dos 46 signatários do “superpedido” de impeachment apresentado ao Senado na quarta-feira (30) contra o presidente Jair Bolsonaro. Lemke está à frente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) e é um crítico da postura do governo na condução da pandemia.

    Natural de Jaraguá do Sul, no Norte catarinense, Inácio Lemke assumiu o Conic em 2019. A associação foi fundada em 1992 e é composta pela Aliança de Batistas do Brasil, Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e Igreja Presbiteriana Unida.

    — Minha posição como cidadão brasileiro é preocupada com o número de mortes que estão ocorrendo no país e que não estão sendo tomadas as devidas providências. A negligência continua — afirma Lemke.

    O “superpedido” apresentado reúne argumentos de outros 123 pedidos de impeachment já apresentados à Câmara. Ao texto foi acrescentada a alegação de prevaricação supostamente cometida pelo presidente na compra no contrato de compra da vacina indiana Covaxin.

    Assinaram o pedido partidos políticos, entidades da sociedade civil e parlamentares. Ex-aliados de Bolsonaro como os deputados Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP) estão entre os signatários.

    Para Lemke, a expectativa é que a união de diversas frentes o Senado dê prosseguimento ao pedido. Segundo ele, Arthur Lira (PP) não tem dado a devida atenção aos argumentos já apresentados em outras solicitações.

    — Nós nos unimos para colocar uma força maior para ver se o presidente do Senado [Rodrigo Pacheco] acata finalmente o pedido. Porque me parece que ele [Arthur Lira] está tranquilo ali, não reage, se coloca conforme aliado — comenta.

    O pastor criticou também a forma como o presidente se portou durante a última passagem pelo Estado. Bolsonaro visitou Chapecó nos dias 25 e 26 de junho. Um dos compromissos foi uma motociata.

    — Semana passada ele veio aqui para Santa Catarina e não usou máscara, fez aglomeração de massas e não se preocupou com o que está acontecendo mesmo na sociedade — pontua.

    Com informações NSC Total