Turistas são furtados no Brasil e viralizam ao relatar perseguição

Turistas são furtados no Brasil e viralizam ao relatar perseguição

12 de dezembro de 2022 Off Por Editor



  • Caso ocorreu na terça-feira (06) e ganhou as redes sociais

    Dois turistas portugueses tiveram o celular furtado em Copacabana, na zona sul do Rio, e acabaram participando das buscas ao lado de agentes da Polícia Militar (PM), até recuperar o aparelho. O caso ocorreu na última terça-feira (06) e ganhou as redes sociais. Uma das vítimas, Leandro Rodrigues, mantém um canal na plataforma de vídeos YouTube, com 194 mil inscritos onde comenta situações do cotidiano, como “coisas que me irritam na praia” ou “tenho medo de ser pai”.

    “O plano inicial era vir ao Brasil beber caipirinhas e água de coco, mas acabamos numa favela a perseguir um bandido que nos roubou o telemóvel e acabamos em todos os jornais do Brasil. E para terminar sai agora às 22h de Portugal na TV Globo uma entrevista sobre o que aconteceu. A vida está estranha nos últimos dias”, escreveu Rodrigues na quinta-feira (08), em uma postagem em sua conta no Instagram, onde tem 119 mil seguidores.

    O turista português viralizou com um vídeo publicado no TikTok. Nele, relata o caso em ritmo de thriller policial, com imagens de dentro do carro da PM. No vídeo, Rodrigues conta que o furto ocorreu na Praia de Copacabana, logo após ele e um amigo chegarem ao Rio.

    “Mal saímos da praia, vimos uma escultura feita de areia. Falamos ‘ok, vamos tirar uma linda foto’. O Daniel saca o telemóvel, aparece um menino de bike a todo o gás, com dois dedos, saca-lhe o telemóvel e rouba-lhe o telemóvel”, começa Rodrigues. O turista afirmou que sabia que o Rio era perigoso e que poderia ser assaltado, mas esperava que isso ocorresse nos primeiros dias, não “nos primeiros dez minutos” de estada na cidade.

    Confira:

    @leandrorod04

    Rio de Janeiro

    ♬ som original – Leandro Rodrigues

    Perseguição

    Em seguida, o relato se transforma em roteiro de filme de ação. Com a localização do celular em mãos, os dois portugueses pediram ajuda a uma patrulha da PM, que empreendeu a busca acompanhada das vítimas. Segundo Rodrigues, a localização levou a perseguição a uma comunidade, onde os dois turistas entraram, acompanhados dos policiais, e participaram da caçada. Os policiais chegaram a correr atrás de um suspeito, que fugiu. Ainda com a localização do aparelho, a perseguição continuou, até que o suspeito jogou o celular no chão, mas voltou a fugir.

    Como se o caso já não estivesse pitoresco o suficiente, Rodrigues contou no vídeo que, de posse do celular furtado, policiais e vítimas descobriram que o suspeito do furto fez login com seu perfil no Facebook no aparelho. Lendo as mensagens diretas e fotos trocadas no aplicativo pelo suspeito, descobriram que ele pretendia oferecer o fruto do furto como presente à namorada – Rodrigues colocou prints das trocas de mensagens no vídeo.

    Para piorar, o aparelho tinha ainda troca de mensagens do suspeito com outras mulheres além da namorada. O vídeo de Rodrigues mostra imagens de um dos policiais, na patrulha da PM, ligando para a namorada do suspeito para contar das supostas traições.

    “Temos a equipa de assaltos daquela favela. Do nada, desmantelamos uma rede de assaltos do Rio de Janeiro, da favela do Pavão”, gaba-se Rodrigues no vídeo, provavelmente se referindo ao morro localizado entre Copacabana e Ipanema.

    PM abre investigação sobre o caso

    Em nota, a PM do Rio deu versão diferente para o caso. A corporação informou que “uma equipe da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Pavão/Pavãozinho/Cantagalo auxiliou um cidadão que se apresentou como turista e informou ter tido o celular subtraído quando estava na Avenida Atlântica, em Copacabana”.

    A PM informou ainda que o celular furtado “foi encontrado na rua Ataulfo de Paiva, perto da estação Antero de Quental, a partir da localização indicada pelo próprio aparelho”, no Leblon, também na zona sul. “Não houve detidos relacionados ao fato”, diz a nota da PM, acrescentando ainda que “a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) instaurou um procedimento para apurar os fatos relatados”.

    Com informações SCC10