Falsa criança: mulher de 42 anos fingia ter 12 em golpe da “prostituição e bruxaria”

Falsa criança: mulher de 42 anos fingia ter 12 em golpe da “prostituição e bruxaria”

29 de junho de 2023 Off Por Editor



  • Mulher ainda dizia que era vítima de prostituição e bruxaria. Ela espetou agulhas no corpo para dar credibilidade ao golpe

    Uma mulher de 42 anos foi presa suspeita de aplicar golpes em vários estados no Brasil. A estelionatária se passava por uma criança de 12 anos, vítima de prostituição infantil e bruxaria. Para dar veracidade ao golpe, a golpista espetou várias agulhas pelo corpo.

    Uma das vítimas da estelionatária, identificada como Amanda Maria Sousa Oliveira, foi a ex-vereadora Renata Magalhães, de Nova Iguaçu (RJ). A mulher passou por pelo menos cinco estados, sensibilizando a polícia e políticos, se passando por uma menina. Ela usava linguagem infantil e dizia que tinha autismo, conseguindo vantagens.

    A ex-vereadora atua em um trabalho social com mulheres vítimas de violência. Amanda procurou Renata afirmando que era uma menina mantida em cárcere privado, além de ser vítima de prostituição e rituais de bruxaria. Em um vídeo, Renata retira grampos de metal da golpista, como se a mulher tivesse sido vítima de um ritual.

    A ex-parlamentar acreditou na história da estelionatária. Amanda já tinha aplicado golpes semelhantes em São Paulo. Quando a polícia começou a desconfiar, foi para o Rio e cometeu o mesmo crime, chegando em Renata. A ex-vereadora é amiga da delegada Mônica Areal, titular da delegacia de atendimento à mulher de Nova Iguaçu.

    Mônica fez um pente-fino nos exames de Amanda, que usava o nome de “Maria Eduarda” para enganar as vítimas. Com isso, a delegada ligou os pontos e deu início ao processo. Segundo a delegada, o celular da golpista foi apreendido e periciado. No aparelho, Amanda fez pesquisas sobre autismo, sobre como se portavam ou desenhavam, criando uma personalidade de uma criança de 12 anos para obter as vantagens.

    Amanda vai responder criminalmente por estelionato, falsidade ideológica e falsa identidade. Outros nomes falsos foram utilizados pela presa, que está no complexo prisional de Benfica. Ela deverá passar por audiência de custódia, estando à disposição da Justiça.

    Com informações SCC10