Três mulheres são condenadas por mentir sobre acusação de estupro em SC

Três mulheres são condenadas por mentir sobre acusação de estupro em SC

15 de março de 2024 Off Por Editor



  • Crime ocorreu na cidade de Itapiranga, no Extremo-Oeste do Estado

    Três mulheres que mentiram sobre uma acusação de estupro na cidade de Itapiranga, Extremo-Oeste do Estado, foram condenadas a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). Uma delas foi condenada por extorsão, denunciação caluniosa e fraude processual e as outras duas (uma delas, advogada), por denunciação caluniosa e fraude processual. Outras duas pessoas, uma mulher e um homem, também foram condenados por falso testemunho. De acordo com o MPSC, as penas variam de dois a oito anos de reclusão, além do pagamento de dias-multa. As condenações menores foram substituídas por prestação de serviços à comunidade e pecuniária em favor do Fundo de Transações Penais da comarca. Uma delas ainda terá que pagar R$ 5 mil à vítima por danos morais.

    Forjando o estupro

    No dia 15 de março de 2022, uma das rés recebeu fotos íntimas de um homem (a vítima) por mensagem. Na sequência, ela disse que iria denunciá-lo por assédio sexual, pois supostamente a neta dela teria visto as imagens. A mulher fez com que ele assinasse uma nota promissória no valor de R$ 20 mil. No dia 29 de março de 2022, após saber que a vítima havia denunciado a extorsão, ela e mais duas mulheres forjaram o estupro. De acordo com o MPSC, naquela tarde, duas delas, orientadas pela ré advogada, foram à Delegacia de Polícia Civil e relataram que a vítima (o homem) havia estuprado uma delas. Apesar de a ocorrência ter sido registrada por uma das denunciadas, as outras duas foram responsáveis por auxiliar no ajuste dos detalhes do suposto crime de estupro e arquitetar como ele teria ocorrido. Naquela noite, duas das rés, com o intuito de produzir provas contra a vítima, machucaram a mulher nas mamas e no ombro direito. As lesões foram constatadas posteriormente por perito criminal, dando origem a um laudo pericial. Com isso, elas praticaram o crime de fraude processual. No processo, o Promotor de Justiça Tiago Prechlhak Ferraz explica que o que efetivamente ocorreu foi o envio espontâneo de fotografias íntimas pelo homem para uma das rés, que, de posse das imagens, iniciou ameaças para que a vítima efetuasse o pagamento de R$ 20 mil para que ela não o denunciasse às autoridades policiais pelo assédio sexual. “Após a vítima informar que havia registrado boletim de ocorrência pela extorsão sofrida, a ré que disse ter sido vítima de estupro – agindo em conjunto com as outras duas – registrou o boletim de ocorrência imputando falsamente ao homem o crime de estupro, do qual ela sabia que ele era inocente”, asseverou.

    Falso testemunho

    Na tarde de 18 de abril de 2022, uma mulher e um homem foram até a delegacia e fizeram afirmações falsas como testemunhas do crime no curso da investigação do inquérito policial que apurava o crime de extorsão.