
Governo Lula bate recorde de gastos com viagens para o 1º trimestre
5 de maio de 2025A soma de R$ 789 milhões supera as cifras da era Dilma, que eram as maiores já registradas até então
O governo Lula gastou R$ 789,1 milhões com diárias, passagens e locomoção no primeiro trimestre de 2025. A soma representa um aumento real — descontada a inflação — de 29,1% em relação ao mesmo período de 2024, quando as despesas totalizaram R$ 611 milhões. Esse valor é o maior da série histórica, iniciada em 2011. Os dados foram disponibilizados pelo Tesouro Nacional, no relatório do resultado primário de março de 2025. Até março, Lula ficou fora do Brasil por 96 dias. Em março, ele passou sete dias em viagens ao Japão e ao Vietnã. No fim de abril, o petista acrescentou dois dias à soma, com a ida ao Vaticano para o funeral do papa Francisco.
No total, o presidente da República passou 98 dias fora do país desde o início do terceiro mandato, segundo a contagem do portal Poder360. Nesta terça-feira, 6, ele viaja a Moscou para participar das comemorações dos 80 anos do Dia da Vitória. A primeira-dama Janja viajou na última sexta-feira, 2, quatro dias antes da comitiva presidencial.
Gastos do governo Lula com viagens supera recorde de Dilma
Apenas com diárias, os gastos chegaram a R$ 449,1 milhões de janeiro a março — um aumento de 26,1% em comparação com o mesmo período de 2024. A cifra supera inclusive o recorde anterior, de R$ 417,5 milhões, registrado em 2014, no governo de Dilma Rousseff. As despesas com passagens e locomoção do governo Lula somam R$ 340 milhões, alta de 33,4% ante o mesmo intervalo de 2024. O montante também é maior que o recorde anterior de R$ 311,3 milhões, também da era Dilma.
No acumulado dos primeiros trimestres de 2023, 2024 e 2025, os gastos com viagens somaram R$ 2 bilhões. O número é 52,1% superior ao R$ 1,3 bilhão registrados nos quatro anos do governo Jair Bolsonaro. Apenas do primeiro trimestre de 2022 para 2023, houve um salto de 85,7% nas despesas. O aumento está ligado, em parte, à ampliação do número de ministérios, de 23 para 38, o que gerou mais custos operacionais. Durante o governo Bolsonaro, as restrições a viagens e a redução de deslocamentos colaboraram para menores gastos. O menor valor registrado é do primeiro trimestre de 2021, com R$ 195,3 milhões. Em 2022, houve um aumento de 59,2% em relação ao ano anterior.
Com informações Revista Oeste