
Família é condenada por ajudar assaltantes em roubo a banco em SC
9 de maio de 2025As penas chegam a 37 anos de prisão em regime fechado
Onze pessoas, entre elas pai, mãe e dois filhos, foram condenadas por envolvimento em um roubo violento ao Banco do Brasil em Timbó Grande, no Meio-Oeste catarinense. As penas chegam a 37 anos de prisão em regime fechado, e os réus foram apontados como integrantes de uma organização criminosa. Naquele dia, 2 de junho de 2023, três homens armados invadiram a agência bancária, renderam os funcionários e roubaram R$ 291 mil, além de um revólver, um celular, um colete balístico e um carro. Durante a fuga, eles usaram clientes como escudo humano, trocaram tiros com a Polícia Militar, incendiaram um veículo e fugiram com dois reféns, que foram libertados horas depois.
Roubo a banco teve plano de fuga com armadilhas
A ação não foi isolada. Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), outros oito envolvidos deram suporte direto aos assaltantes, dificultando a atuação da polícia. Entre esses cúmplices estavam membros de uma mesma família que abrigaram os criminosos em um sítio na cidade vizinha de São Cristóvão do Sul. Cada um dos quatro integrantes da família foi condenado a 18 anos de prisão. Os policiais chegaram aos onze criminosos após encontrarem, naquela mesma noite, “miguelitos” (artefatos perfurantes usados na fuga) dentro de outro carro. O material era idêntico ao usado para furar pneus de viaturas. A descoberta foi crucial para identificar a facção responsável pela ação. O mentor do assalto, que deu ordens a todo o grupo, recebeu a pena mais severa: 37 anos de reclusão, por roubo, incêndio, grave ameaça e participação em organização criminosa. As condenações foram proferidas com base na denúncia da Promotoria de Justiça de Santa Cecília, responsável pelo caso. “Trata-se de um caso extremamente grave, que aterrorizou a população e colocou vidas em risco. A condenação representa não apenas justiça para os envolvidos, mas também um importante passo para a prevenção de novos crimes, demonstrando que ações orquestradas por facções criminosas não são toleradas”, afirmou o Ministério Público.