
Temporal devasta cidades e deixa dois mortos no Oeste de SC
12 de maio de 2025Vendaval causou destruição, deixou milhares sem energia e provocou uma microexplosão atmosférica; autoridades decretaram situação de emergência
Um forte temporal atingiu o Oeste de Santa Catarina na tarde da última sexta-feira (9), provocando estragos generalizados e a morte de duas pessoas no município de Palmitos, o mais afetado. A informação foi confirmada pelo Corpo de Bombeiros Militar de São Carlos. Uma das vítimas foi um homem de 51 anos que morreu após ser atingido por uma árvore de grande porte durante um forte temporal no interior de Palmitos, no Oeste de Santa Catarina. O incidente aconteceu quando a vítima, que estava a pé, passava pelo local e foi surpreendida pela queda da árvore. A segunda vítima também foi atingida por uma árvore na divisa entre os municípios de Palmitos e Caibi. A Polícia Civil e a Polícia Científica foram acionadas para as providências necessárias, e o caso segue em atualização. A cidade de Palmitos decretou situação de emergência ainda no sábado (10) após ser atingida, conforme Defesa Civil, por um tornado que deixou duas pessoas mortas, dezenas de desalojados e prejuízos em áreas rurais e urbanas. Segundo laudo técnico da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil, o tornado foi causado por uma linha de instabilidade severa associada à chegada de uma frente fria. Em Palmitos, ao menos 893 residências ficaram sem energia elétrica, e os ventos destruíram casas inteiras, derrubaram árvores e interditaram diversas vias, incluindo trechos da BR-158 e estradas no interior. Uma análise da Defesa Civil aponta que múltiplos fenômenos atmosféricos extremos ocorreram na região. Em Itapiranga, um “downburst” — fenômeno também conhecido como microexplosão atmosférica, que provoca ventos intensos e concentrados que podem superar os 100 km/h, espalhando destruição em poucos minutos foi registrado. Em Maravilha, mais de 2.700 residências ficaram sem luz e houve queda de árvores. Em Caibi, 14 casas foram destelhadas e 16 pessoas ficaram desalojadas na comunidade de Linha Beira Rio. Já nos municípios de Cunha Porã, Cunhataí, Iraceminha, Romelândia, Santa Terezinha do Progresso, Modelo e São Miguel da Boa Vista, os prejuízos incluem cortes no fornecimento de energia, quedas de galhos e destruição pontual de estruturas. A Defesa Civil estadual monitorou a situação e orientou a população a evitar áreas de risco e seguir as recomendações dos órgãos oficiais. Equipes seguiram em campo realizando levantamentos e prestando apoio às comunidades atingidas.
Vendaval derruba árvores, destelha casas e fere morador no Oeste catarinense
Fortes ventos e chuvas causaram destruição em mais municípios do Oeste de Santa Catarina. Palmitos, Caibi e Itapiranga registraram dezenas de ocorrências envolvendo destelhamentos de casas, quedas de árvores e danos em estradas e redes pluviais. No total, mais de 70 famílias precisaram de lonas emergenciais para cobrir as casas danificadas. Em Palmitos e Caibi, o Corpo de Bombeiros Militar foi acionado por volta das 14h30 e atendeu 20 ocorrências em localidades como Linha Beira Rio, Linha Passarinhos, Linha São Brás, Linha da Gruta, Linha Nova Brasília, Linha Marcon e a BR-158. Foram entregues 1.800 metros quadrados de lonas para 50 famílias, realizados 30 cortes emergenciais de árvores e feito o resgate de uma pessoa ferida por galhos. Já em Itapiranga, entre 13h30 e 19h, os bombeiros atenderam 18 ocorrências, com 11 entregas de lonas (210 metros quadrados), 7 ações de corte de árvores e 4 orientações à população sobre os perigos de telhados molhados e estruturas escorregadias. As ações de resposta contaram com o apoio das prefeituras e Defesas Civis locais, além da Celesc. Viaturas das unidades de Palmitos, como a ABTR-84, ASU-570 e AR-307, foram mobilizadas para atender os pontos mais críticos.
Balanço dos danos:
70 famílias atendidas com lonas
48 ocorrências no total
37 árvores cortadas
1 pessoa ferida por galhos
Diversas vias bloqueadas e redes danificadas
Fenômeno meteorológico foi confirmado pela Defesa Civil
O tornado foi identificado após a análise de imagens de radar meteorológico e registros feitos por drones, que apontaram características típicas do fenômeno, como rotação intensa e danos em forma de rastro. Em campo, a Defesa Civil também encontrou árvores torcidas e caídas em diferentes direções — sinal típico da ação de tornados, diferentemente das frentes de rajada ou microexplosões. O radar meteorológico apontou uma supercélula com áreas de alta refletividade e um dipolo no campo de ventos, indicando forte rotação. A imagem de satélite daquele momento mostra a faixa de instabilidade que se formou desde o Norte da Argentina até o Oeste catarinense e o Norte do Rio Grande do Sul, avançando rapidamente com potencial para chuva intensa, ventos e granizo.
Temporais e microexplosão deixam quase 400 mil pessoas afetadas em SC
Os temporais e a microexplosão que atingiram, principalmente, o Oeste catarinense e a Grande Florianópolis, na última sexta-feira (9), deixaram 388.552 pessoas afetadas — entre desalojados, desabrigados e problemas diretos. Os dados são da Secretaria de Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina. Os temporais se formaram por conta de uma frente fria que avançou sobre o estado nesta setxa-feira. Imagens de satélite mostram a evolução da tempestade, vinda do Oeste, para as demais regiões. Segundo a Defesa Civil, por volta das 14h00, o Grande Oeste começou a registrar tempestades severas com chuvas intensas, vendavais e queda de granizo, o que resultou em destelhamentos, queda de galhos e árvores inteiras. Durante a tarde da última sexta-feira (9), a tempestade perdeu força, mas ao avançar para o restante do estado, entre o final da tarde e início da noite, o sistema voltou a ganhar força e provocou fortes chuvas, rajadas de vento e queda de granizo, entre 19h e 22h.