
AGU aciona o STF por medidas imediatas contra redes sociais
26 de maio de 2025Advocacia falou em ‘omissão’ das plataformas ao solicitar uma espécie de ‘antecipação’ da regulamentação às big techs discutida no STF
A Advocacia-Geral da União (AGU) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira, 26, para responsabilizar plataformas digitais, em virtude de suposta omissão quanto ao enfrentamento da “desinformação e da violência digital”. De acordo com a AGU, o requerimento “visa a garantir o resultado de recursos discutidos atualmente no STF, como a responsabilidade civil das plataformas”. Resumidamente, a Advocacia quer “antecipar” efeitos da regulamentação das redes atualmente em discussão no STF. A AGU pretende usar trechos do voto do ministro Dias Toffoli para punir, de imediato, as plataformas, independentemente de notificação. O requerimento se deu no âmbito nos recursos que discutem a constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet, que debate a responsabilização das plataformas digitais por conteúdos de terceiros. O processo está parado por um pedido de vista de André Mendonça. Conforme a AGU, o pedido “se baseia em dados recentes que demonstram graves riscos à integridade das políticas públicas, à segurança digital da população, em especial, idosos, crianças e adolescentes, e ao Estado Democrático de Direito”. Para a AGU, as big techs que “impulsionam, moderam ou recomendam conteúdo ilícito devem ser responsabilizadas independentemente de notificação judicial”.
Argumentos da AGU ao STF
A AGU baseia a decisão nas seguintes questões:
- Mais de supostos 300 anúncios fraudulentos foram identificados na biblioteca de anúncios da Meta (empresa dona do Facebook e Instagram), prometendo “falsas indenizações” do Instituto Nacional do Seguro Social, em virtude das fraudes descobertas pela Operação Sem Desconto;
- Identificação do que seria o uso indevido do logotipo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária na venda on-line de medicamentos sem chancela da agência, além de uso indevido de imagens e símbolos de órgãos e entidades públicas federais;
- Suposta demonstração de morte de crianças após participarem de desafios propostos em redes como TikTok e Kwai.
Com informações Revista Oeste