“Se me derem 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil”, diz Bolsonaro

“Se me derem 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil”, diz Bolsonaro

30 de junho de 2025 Off Por Editor



  • Governador Jorginho Mello acompanhou a manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo

    Em um discurso de cerca de meia-hora, na manifestação realizada na Avenida Paulista, neste domingo (29), pela primeira vez o ex-presidente Jair Bolsonaro fez uma afirmação que não o coloca no centro de uma disputa ao Palácio do Planalto e declarou: “Se vocês me derem 50% da Câmara e 50% do Senado, eu mudo o destino do Brasil!”. A frase foi repetida duas vezes, pouco antes de Bolsonaro encerrar o discurso, quando acrescentou: “Nem eu preciso ser o presidente. O Valdemar (da Costa Neto) me mantendo como presidente da honra do PL, está bom!”. Para o ex-presidente, Republicanos, PSD, PP, União Brasil e MDB podem ficar com as vagas restantes no Congresso Nacional, em 2026. O restante do discurso foi dedicado a negar o suposto golpe de Estado, que, segundo Bolsonaro, não se faz sem armas e o apoio das Forças Armadas, tampouco com “velhinhas com bandeiras na mão!” Bolsonaro estava acompanhado de três dos cinco filhos no carro de som: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que fez um discurso mais duro contra as decisões do STF; o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), a quem Bolsonaro chamou de “marqueteiro”, fez elogios e repetiu que, em 2018, foi eleito por causa do trabalho que o 02 fez nas redes sociais; e o vereador Jair Renan, que tem mandato me Balneário Camboriú.

    Tarcísio fala em “dor de cotovelo”
    Outra manifestação contundente, além da proferida pelo pastor Silas Malafaia, organizador de mais esta manifestação, foi a do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, que afirmou ser o ex-presidente o nome da direita e que há “pessoas com dor de cotovelo” por Bolsonaro reunir tantos simpatizantes em um mesmo lugar. Malafaia mirou mais uma vez no ministro Alexandre de Moraes, do STF, e pediu anistia aos presos e o fim do processo contra Bolsonaro e ex-assessores, a partir da anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-assessor de ordens do ex-presidente. Tarcísio falou em nome dos demais governadores presentes: Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro; e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, que estavam no carro de som. Ratinho Júnior (PSD), do Paraná; e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, não foram ao evento na Paulista. Jorginho encontrou-se com Bolsonaro antes do evento e registrou a presença com uma grande abraço, certamente para dissipar os bastidores carregados depois que o ex-presidente confirmou que está tudo certo entre ele e o governador para que Carlos Bolsonaro concorra ao Senado por Santa Catarina. No sábado que vem, dia 5 de julho, Jorginho será o anfitrião do ex-presidente em um evento do PL nacional, o “Rota 22”, que começará por Santa Catarina, em São José, e que pretende mostrar o estilo do partido governador.

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