
“Lua do veado” poderá ser vista nesta quinta-feira; entenda o fenômeno
10 de julho de 2025Fenômeno pode parecer mais baixo no céu devido à posição do Sol durante o inverno
A “Lua do veado”, a lua cheia de julho, poderá ser vista brilhando no céu nesta quinta-feira (10), das 18h até as 6h da manhã. Esse fenômeno ocorre quando a Lua fica posicionada em oposição ao Sol, mostrando sua face totalmente iluminada. O nome “Lua do veado” vem de uma tradição norte-americana que dá apelidos para cada lua cheia ao longo do ano. Em julho, essa lua é associada ao crescimento dos chifres dos veados, que começam a amadurecer nessa época. Para os astrônomos, no entanto, esse nome é apenas uma curiosidade cultural. Paulo Eduardo Brito, professor de física e astronomia da Universidade de Brasília (UnB), explica que essas denominações são típicas das comunidades norte-americanas e não têm relação com o hemisfério sul. O presidente do Clube de Astronomia de Brasília, Adriano Leonês, conta que em outras épocas do ano a lua cheia recebe outros nomes, como “Lua das flores” em maio e “Lua do morango” em junho, sempre relacionados a eventos naturais nos Estados Unidos. Apesar do nome, a Lua cheia de julho não apresenta características especiais em relação às outras luas cheias durante o ano, a menos que ocorra algum fenômeno raro, como eclipse ou Super Lua, o que não é o caso neste mês. Na Europa, essa lua cheia é chamada de “Lua do Feno”, por coincidir com a época da colheita da planta, e nos Estados Unidos também pode ser conhecida como “Lua do trovão”, em referência às tempestades comuns no verão. No horizonte, a Lua cheia pode parecer mais baixa ou mais próxima da Terra, uma ilusão causada pelo seu movimento aparente no céu, especialmente em julho, quando o Sol está mais ao norte devido ao inverno no hemisfério sul. Esse efeito será ainda mais forte em 2025 por causa de um fenômeno chamado “Grande Parada Lunar”, que ocorre a cada 18 anos. Além disso, a Lua cheia pode parecer com uma cor laranja ao nascer, efeito causado pela luz do Sol passando pela atmosfera terrestre e não por mudança real na cor da Lua.
Com informações Metrópoles