
Empresário é condenado por manipular licitação de parque de diversão da Expo Concórdia
21 de agosto de 2025A investigação comprovou que as empresas participantes da licitação faziam parte do mesmo grupo
Um empresário foi condenado a dois anos de detenção por fraudar o processo de licitação para a instalação e operação de brinquedos mecânicos no parque de diversão da Expo Concórdia em 2019. A decisão, publicada na última terça-feira (19), substituiu a pena por serviços comunitários e pagamento de valor equivalente a um salário mínimo vigente à época, além de multa em favor do município. A fraude foi descoberta após denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A investigação começou a partir de uma denúncia anônima. Com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) de Chapecó, a investigação comprovou que as empresas participantes da licitação faziam parte do mesmo grupo. A simulação de concorrência ficou evidente quando as propostas apresentaram diferença de apenas R$ 50. As apurações também identificaram que os brinquedos instalados não pertenciam à empresa vencedora da licitação, mas a outra do mesmo grupo empresarial. Além disso, relatórios do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) mostraram que uma das companhias nem sequer possuía funcionários registrados, confirmando o esquema para manipular o resultado da disputa. Documentos apreendidos e trocas de mensagens reforçaram a fraude. No decorrer do processo, um dos acusados firmou acordo de não persecução penal, confessando o crime e aceitando sanções. Já o outro empresário, que não aceitou a proposta, foi condenado ao final do processo.