Megaoperação no Rio de Janeiro deixa mais de 130 mortos

Megaoperação no Rio de Janeiro deixa mais de 130 mortos

29 de outubro de 2025 Off Por Editor



  • Quatro policiais morreram durante operação

    A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro afirmou que o número de mortos na operação contra o Comando Vermelho (CV), realizada ontem terça-feira 28, chegou a 132. A ação é considerada a mais letal da história do Estado. Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio, levaram cerca de 60 corpos para a Praça São Lucas durante a madrugada e o início da manhã desta quarta-feira, 29, depois da operação. Mais cedo, à TV Globo, o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, declarou que os corpos levados pelos moradores não estavam incluídos na contagem oficial. O governo, contudo, ainda não atualizou o balanço, que permanece em 58 mortos. Do total de mortos, quatro eram policiais: Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho e Rodrigo Velloso Cabral, da Polícia Civil; e os sargentos Heber Carvalho da Fonseca e Cleiton Serafim Gonçalves, do Batalhão de Operações Policiais Especiais. As forças estaduais mobilizaram mais de 2,5 mil agentes. Ao todo, os policiais cumpriram 180 mandados de busca e apreensão e cerca de 70 de prisão, além de outros 30 pedidos oriundos da Polícia Civil do Pará. As ações, portanto, resultaram em 113 detenções. Entre os presos, 33 vieram de outros Estados e dez são adolescentes infratores. Os agentes também recolheram 118 armas, 14 explosivos, milhares de munições e centenas de carregadores — além de toneladas de drogas, ainda em contagem. A Delegacia de Repressão a Entorpecentes investigou por mais de um ano até deflagrar a Operação Contenção. Segundo Felipe Curi, a polícia identificou todos os alvos com base em inteligência e geolocalização, focando imóveis usados por membros da facção. “O cenário se cumpriu exatamente como projetamos”, disse o delegado. “A operação de ontem configura o maior baque da história do Comando Vermelho. Nunca houve um baque tão grande, com grandes perdas de armas, drogas e lideranças.” Durante a coletiva, Curi rebateu veículos da imprensa que classificaram a operação do governo do Rio como “chacina”. Para ele, trata-se de uma “ação legítima do Estado, para cumprir ordens judiciais”. “Quem escolheu o confronto foi neutralizado”, argumentou. “Quem se entregou foi preso.” O delegado ainda classificou os traficantes como “narcoterroristas”. Em seguida, sem citar diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenou discursos políticos que tentam transformar bandidos em vítimas. “Outro dia disseram que o traficante era vítima do usuário.”

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    Com informações Revista Oeste