Operação “Woodstock Condá” apreendeu no total 11 toneladas de maconha, cocaína e armas de fogo no oeste catarinense

Operação “Woodstock Condá” apreendeu no total 11 toneladas de maconha, cocaína e armas de fogo no oeste catarinense

9 de julho de 2019 Off Por editor



  • A Divisão de Investigação Criminal – DIC de Chapecó/SC, com o apoio da DIC de Xanxerê/SC e outras unidades policiais da região oeste, deflagrou na manhã de hoje, dia 9 de julho de 2019, a sétima fase da operação Woodstock Condá, revelando uma das maiores investigações já realizadas no Estado de Santa Catarina no combate ao tráfico de drogas.

    O caso Woodstock Condá se desenvolve desde o início do ano de 2018 e já contava com 32 (trinta e duas) pessoas presas pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, posse e porte de armas de fogo, bem como formação e integração de organização criminosa. Além disso, no período ainda foram cumpridos 67 (sessenta e sete mandados de busca) e apreensão, que resultaram em diversas apreensões de drogas dos mais variados tipos: maconha (“prensada”, “skuk” e em sementes), cocaína, ecstasy, LSD e lança perfume.

    Conforme organograma abaixo, as operações policiais que fazem parte do caso Woodstock Condá foram realizadas nos dias 10 de maio, 15 de junho, 28 de junho, 22 de agosto, 24 de agosto e 10 de setembro de 2018.

    A última fase divulgada da operação Woodstock Condá ocorreu ainda em 10 de setembro de 2018, há praticamente 10 (dez) meses atrás. Entretanto, o trabalho da DIC de Chapecó/SC não parou, muito pelo contrário: a partir deste dia o caso ganhou ainda mais relevância, eis que as investigações atingiram indivíduos que podem ser inseridos dentre os maiores traficantes de drogas do País.

    Após meses de investigação, a equipe da Polícia Civil de Chapecó identificou uma organização criminosa com base na cidade vizinha de Xanxerê/SC responsável pelo transporte de armas de fogo e de toneladas de drogas ilícitas, parte das quais abasteciam os traficantes chapecoenses até então identificados e presos nas fases anteriores.
    Inicialmente, foi identificado M.F.M como um dos principais “operadores” do esquema e, logo na sequência, J.H., proprietário de uma grande transportadora na região, como fornecedor de recursos para o transporte de massivos carregamentos de drogas ilícitas desde o Estado de Mato Grosso do Sul até diversas regiões do Estado de Santa Catarina, especialmente a litorânea.

    Ainda nos primeiros meses da investigação fora de Chapecó/SC foi possível identificar um dos caminhões utilizados no transporte de drogas, o qual foi abordado pela polícia do Estado de Mato Grosso do Sul no dia 1º de dezembro de 2018 enquanto retornava rumo à Xanxerê/SC, com posterior destino ao litoral catarinense. Na ocasião, foram encontradas ocultas na carga de grãos 5.650 (cinco mil seiscentos e cinquenta quilos) de maconha prensada, 1,2 (um quilo e duzentos gramas) de cocaína e 1,65 (um quilo seiscentos e cinquenta gramas) de “skunk”, uma carabina .22 Magnum, uma espingarda calibre 12 gauge e uma pistola calibre 9x19mm, bem como munições de diversos calibres.

    O caminhoneiro J.C. foi preso em flagrante em Caarapó/MS e o caminhão IVECO/Stralis com a carreta bi-trem emplacados em Xanxerê/SC restou apreendido. Até então, J.C. não possuía nenhum registro criminal contra si e, no momento do flagrante, confidenciou ter sido contratado para a realização de 6 (seis) viagens e que receberia como pagamento R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por cada serviço, bem como, ao final da última viagem, o próprio conjunto caminhão e carreta ficaria em sua propriedade.
    Os meses de investigação anteriores realizados pela Polícia Civil permitiram já naquele momento comprovar que J.H. e M.F.M. eram os efetivos responsáveis pelo crime, na medida em que forneceram o caminhão, contrataram o caminhoneiro e organizaram o transporte da droga.

    Além disso, também foram identificados outros possíveis integrantes da organização criminosa, dentre eles E.L.O., outro caminhoneiro que estaria agindo na condição de batedor dos grandes carregamentos de drogas movimentados pelo grupo.

    A investigação se desenvolveu em sigilo por mais 6 (seis) meses, quando foi possível identificar, monitorar e apreender no dia 1º de maio de 2019 outro um imenso carregamento de droga ilícita do tipo maconha, mais uma vez superior a 5 (cinco) toneladas, comprovadamente de responsabilidade dos mesmo grupo investigado.

    Desta vez, a ação policial contou com a participação da Diretoria Estadual de Investigação Criminal – DEIC da Polícia Civil de Florianópolis/SC e da PRF, cujos policiais agiram para abordar o caminhão carregado na região de Rancho Queimado/SC.

    Na ocasião, além do caminhoneiro C.A.O., foi encontrado e preso em flagrante o investigado E.L.O., o qual estava realizando a função de batedor do conjunto caminhão carreta com um veículo GM/Cruze.
    Na manhã de hoje, 9 de julho de 2019, a Polícia Civil deflagrou operação policial para o cumprimento de 13 (treze) mandados de busca e apreensão e 6 (seis) mandados de prisão temporária e 14 (quatorze) mandados de busca e apreensão, todos nas cidades de Xanxerê/SC e Xaxim/SC. Dos mandados de prisão, 2 (dois) já haviam sido cumpridos antes do início da manhã, outros 3 (três) foram cumpridos no decorrer da operação e 1 (um) segue foragido.

    Durante a operação desta manhã ainda foram duas pessoas em flagrante na posse de armas de fogo em situação irregular e apreendidos 2 (dois) caminhões e respectivas carretas em relação às quais há suspeita de serem utilizadas na prática de crimes.

    A operação Woodstock Condá se consagra como um dos maiores casos policiais de combate ao tráfico de drogas do País em sua sétima fase, chegando a 80 (oitenta) mandados de busca e apreensão e 38 (trinta e oito) de prisão cumpridos.

    Cabe lembrar que recentemente os 12 (doze) investigados da primeira fase do caso foram julgados em primeiro grau de jurisdição pela 2ª Vara Criminal de Chapecó/SC, sendo em sua integralidade condenados a penas de 8 (oito) anos ou mais de reclusão.