Familiares de vítimas do voo da Chapecoense têm reunião com ministro Sérgio Moro

Familiares de vítimas do voo da Chapecoense têm reunião com ministro Sérgio Moro

21 de agosto de 2019 Off Por editor



  • Ele promete levar questão ao presidente e ao Ministério das Relações Exteriores. Parentes das vítimas buscam soluções para indenizações.

    Representantes da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo da Chapecoense (Afav-C) tiveram uma reunião com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, em Brasília. Os parentes buscam soluções para as indenizações relacionadas ao acidente. O ministro afirmou que a questão será levada ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ao Ministério das Relações Exteriores.

    O acidente ocorreu em novembro de 2016. A aeronave da empresa LaMia, que levava a equipe da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana, caiu na Colômbia. Morreram 71 pessoas, entre jogadores, dirigentes, funcionários, convidados, jornalistas e membros da tripulação. Seis sobreviveram à queda e um deles morreu em 2019, o jornalista Rafael Henzel.

    A presidente da Afav-C, Fabienne Belle, afirmou que em 28 de novembro vence o prazo para qualquer tipo de ação judicial que possa ser tomada. “Fizemos todo um levantamento que aponta três responsáveis por essa tragédia: o governo da Bolívia, o governo da Colômbia, e a Corretora AON. Agora, nós precisamos realmente do apoio do governo para que esse encaminhamento seja efetivado. Estamos correndo contra o tempo”, disse Belle, que é viúva do fisiologista Cesinha.

    O encontrou durou cerca de uma hora e meia. Durante a reunião, os familiares explicaram a situação ao ministro. Segundo dados levantados pela Associação, houve negligência por parte dos governos da Bolívia e da Colômbia ao permitirem o voo da Lamia sem a cobertura da apólice de seguro exigida de US$ 300 milhões. Com isso, os familiares estão tendo dificuldades para receber as indenizações.

    A vice-presidente da Afav-C, Mara Regina D’Emílio Paiva, afirmou que saiu otimista da reunião. “Temos recebido muito apoio de parlamentares. Nesse momento, já lutamos tanto, que vale a pena continuar insistindo. Tenho certeza que alguma coisa positiva vamos tirar disso”, disse ela, que é viúva do comentarista da Fox Sports Mário Sérgio.

    Os familiares também já tiveram dois encontros com o Senado, em junho e na quinta-feira (15).

    A investigação das autoridades concluiu que a queda da aeronave foi motivada por falta de combustível. Funcionários aeroportuários e de aviação civil e da LaMia foram apontados como culpados pelas graves falhas técnicas.

    O procurador da República, Carlos Humberto Prola Júnior, disse ainda nesta quinta que na investigação brasileira foi detectada uma “sucessão de equívocos da empresa La Mia e uma operação irregular boliviana”, e que não há responsabilidade de brasileiros no caso.

    A Chapecoense foi alvo de 43 ações cíveis após o acidente e conseguiu o acordo com quase metade.

    Com informações G1 SC