Reajuste na renda: Trabalhador aprova proposta aumentando salário em 4% acima da inflação
6 de março de 2017
Com data base em maio, profissionais da categoria representada pelo Siticom querem fechar a negociação ainda em abril
Chapecó (6.3.2017) – Mais de cinco mil trabalhadores das indústrias da construção civil, mobiliário, cerâmica branca e marmorarias terão seus salários reajustados em maio, data base das categorias. Em seis assembleias realizadas nos Municípios Coronel Freitas, Quilombo, São Carlos, Palmitos, Seara e Chapecó os profissionais das áreas aprovaram a pauta reivindicatória a ser submetida à apreciação patronal.
A íntegra da proposta teve aprovação unanime na assembleia geral de Chapecó, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó – Siticom, no domingo (5). Os pedidos feitos pelos trabalhadores estão sendo enviado à classe patronal para inicio de negociação. O entendimento sempre exigiu “muitas justificativas, diálogo e ponderações”, explica a presidente Izelda Oro. “Nunca foi fácil para o sindicato”, argumente a dirigentes, mas ela diz crer “no bom sendo dos empregadores”.
Um dos principais pontos da proposta é o reajuste salarial de 4% além do INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor). A negociação fica mais difícil diante do atual quadro econômico adverso, admite Izelda. No entanto, a crise “não pode servir de escudo patronal”. Entende que o nível salário “precisa evoluir”, para manter “minimamente” a condição de vida dos trabalhadores.
Recuperar perdas – A meta é incorporar aos salários as perdas acumuladas nos últimos doze meses agregando os 4% de ganho real “para dar suporte ao salário”. Os índices inflacionários oficiais “não refletem aquilo que se constata nas gondolas dos supermercados”, disse a presidente. A inflação anunciada mensalmente “é fictícia”, avalia, ao justificar que valor do que se cumpra “é muito superior à inflação” e há “certa estabilidade” nas empresas da área de atuação do sindicato.
Este considerado “saudável” comportamento do mercado viabiliza “um reajuste condizente”, expõe Izelda. Só os salários recuam bruscamente e sua recomposição “é questão de sobrevivência não de acumulo de renda”. Nas questões sociais o sindicato quer renovar todas as cláusulas existentes.
A novidade deste ano se concentra na negociação de cláusulas diferenciadas, beneficiando exclusivamente os trabalhadores e trabalhadoras, associados ao Siticom. O assunto “até pode ser polêmico, mas é justo”, pondera. É preciso privilegiar o sócio “por que ele contribui mais”, fundamenta a líder da categoria profissional.
Repúdio – A assembleia aprovou ainda moção de repúdio à PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que trata da reforma previdenciária. Mesma posição foi tomada em relação aos projetos de leis que altera a CLT (Consolidação das Leis dom Trabalho), libera a terceirização das atividades fim e regulamenta os contratos de terceirização e as relações do trabalho. O Siticom pede que estas questões sejam discutidas em audiências públicas durante horários que viabilizem a participação da classe trabalhadora. A moção está sendo encaminhada aos deputados federais e senadores.
– Foto: A proposta salarial mereceu aprovação integral dos trabalhadores e trabalhadoras representados pelo Siticom
Assessoria de Imprensa Siticom
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