Servidores dos Correios entram em greve em Chapecó; entregas podem ser afetadas
29 de abril de 2025
Cerca de 40% dos trabalhadores do Centro de Distribuição dos Correios em Chapecó aderiram à paralisação nacional iniciada nesta terça-feira (29). O movimento, coordenado por centrais sindicais em todo o país, tem como principal reivindicação o fim da escala de trabalho seis por um — sistema em que o funcionário trabalha seis dias consecutivos e folga apenas um. Em entrevista à Rádio Oeste Capital, o dirigente sindical João Carlos Serpa, do SINTECT (Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos), afirmou que a atual jornada é exaustiva e compromete a qualidade de vida dos servidores. “Defendemos a redução da carga de trabalho para, no máximo, cinco dias por semana”, declarou. Além das pautas nacionais, os trabalhadores de Chapecó exigem a contratação imediata dos aprovados no concurso público realizado no final de 2023. Segundo Serpa, o Centro de Distribuição da cidade opera com um déficit superior a 15 servidores, o que tem provocado atrasos frequentes nas entregas. Outro ponto de insatisfação é o plano de saúde oferecido pela empresa. “É extremamente caro e não atende às necessidades básicas dos trabalhadores. Há falta de profissionais credenciados, especialistas e clínicas conveniadas. Reivindicamos a redução das mensalidades e a ampliação da rede de atendimento”, explicou o sindicalista. Na agência dos Correios localizada na Praça Coronel Bertaso, no centro da cidade, a adesão ao movimento grevista foi praticamente inexistente, e o atendimento ao público segue normalmente. Já no Centro de Distribuição, o serviço de entregas pode ser comprometido, mesmo com a manutenção do efetivo mínimo exigido por lei. A greve é por tempo indeterminado.
Com informações/imagens Bruno Reinehr – ClicRDC
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