Santa Catarina registra mais de 32 mil focos do mosquito Aedes aegypti

Santa Catarina registra mais de 32 mil focos do mosquito Aedes aegypti

31 de maio de 2025 Off Por Editor



  • Boletim epidemiológico mostra aumento de 762% nos casos prováveis de chikungunya

    A Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Santa Catarina confirmou, ontem sexta-feira (30), cinco mortes por dengue e quatro por chikungunya em 2025. De acordo com os dados do novo Informe Epidemiológico, elaborado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), além dos óbitos confirmados, outros oito estão sob investigação – sete por dengue e um por chikungunya. O avanço dessas doenças está diretamente ligado à proliferação do mosquito Aedes aegypti. O quinto óbito por dengue foi registrado em Itapema, no dia 8 de abril, e vitimou uma mulher de 61 anos. Entre os casos de chikungunya, o primeiro foi registrado em Florianópolis, no dia 1º de janeiro, em um homem de 83 anos. Os outros três ocorreram em Xanxerê: uma mulher de 85 anos morreu em 17 de março; outra, de 80 anos, em 3 de abril; e uma terceira, de 76 anos, em 4 de abril. O avanço das doenças é motivo de preocupação. Santa Catarina já soma 54.370 notificações de dengue em 2025, das quais 16.543 são consideradas casos prováveis. Em relação à chikungunya, foram 1.427 notificações, com 707 casos prováveis e 510 confirmados. O número representa um aumento de 762,2% em relação ao mesmo período de 2024, quando haviam sido registrados 82 casos prováveis da doença. O mosquito Aedes aegypti, transmissor das duas doenças, foi encontrado em 32.833 focos espalhados por 250 municípios catarinenses. Dos 295 municípios do estado, 178 são considerados infestados. O informe também aponta a circulação de três sorotipos do vírus da dengue em Santa Catarina: DENV1, DENV2 e DENV3, com predominância do DENV2. Pela primeira vez, foi confirmada a transmissão autóctone (local) do sorotipo DENV3 em cidades como Barra Velha, Blumenau, Brusque, Concórdia, Capinzal, Itá, Itajaí, Itapoá, Joinville, Navegantes, Palmitos, Penha e Romelândia. Desde 2024, o estado adotou uma nova metodologia para classificar casos prováveis. A definição passou a incluir todos os casos notificados – confirmados, suspeitos e inconclusivos – exceto os descartados, permitindo uma análise mais fiel do cenário epidemiológico. Diante do aumento de casos, a Secretaria de Estado da Saúde reforça o alerta para a importância da prevenção. A orientação é eliminar locais com água parada, utilizar repelente e procurar atendimento médico ao apresentar sintomas como febre, dor no corpo, dor de cabeça, manchas na pele e cansaço. O Informe Epidemiológico é publicado quinzenalmente e apresenta um panorama completo das arboviroses monitoradas em Santa Catarina, como dengue, chikungunya e zika.