
Mirtilo desponta como nova fonte de renda para produtores locais na Serra Catarinense
26 de julho de 2025O mirtilo é uma fruta rica em antioxidantes
Em meio aos vastos reflorestamentos que caracterizam a Serra Catarinense, uma nova cultura agrícola está ganhando destaque e prometendo diversificar a economia local: a produção de mirtilo. Conhecida como “blueberry”, essa fruta, que prospera em climas frios, surge como uma alternativa rentável e geradora de empregos na região.
Mirtilo: pequena fruta, grande potencial
A viabilidade do cultivo de mirtilo na Serra Catarinense é comprovada por Celso Claudino, um dos maiores produtores da fruta em Santa Catarina. Em Palmeira, a cerca de 40 quilômetros de Lages, Celso cultiva aproximadamente três mil pés de mirtilo em sua propriedade, que se integra a uma extensa área de reflorestamento. Cada pé de mirtilo pode render entre cinco e dez quilos da fruta, o que se traduz em um alto potencial de lucro. No atacado, o quilo da fruta sem embalagem é vendido por cerca de R$ 30, enquanto no varejo, para consumidores mais exigentes, pode atingir até R$ 60 o quilo. “Se der dez quilos, são R$ 300 em uma só árvore. O mirtilo é um produto bastante viável e com muita rentabilidade para o pequeno e grande produtor”, afirma Celso.
Apoio da Epagri
Mesmo com a experiência e os investimentos privados, Celso e João contam com o suporte fundamental da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina). A entidade oferece orientações técnicas sobre doenças, podas e produção de mudas, estas últimas já desenvolvidas no viveiro da propriedade da Palm Berries. Clayrton Accacio Cruz da Silveira, extensionista rural da Epagri em Palmeira, ressalta que a Epagri está preparada para auxiliar novos investidores na implantação de pomares. “Temos especialistas em fruticultura e programas que podem apoiar na implantação de pomares. Todos os escritórios municipais da Epagri estão aptos a prestar este tipo de apoio”, explica.