Sindipostos e Procon promovem alinhamento no preço do diesel

Sindipostos e Procon promovem alinhamento no preço do diesel

7 de junho de 2018 Off Por José Carlos de Linhares



  • Trabalhando no vermelho, determinados postos dizem preferir não vender o combustível para evitar mais prejuízos

    Chapecó (7.6.2018) – Os preços praticados pelos postos de combustíveis de Chapecó na venda de óleo diesel foi tema central de reunião entre o Sindipostos e o Procon. A redução de R$ 0,46 no litro do combustível, anunciada pelo governo gerou dificuldades. O encontro encaminhou o alinhamento na comercialização para evitar transtornos.

    O vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Asilir Dallacort, disse que o valor integral do desconto “não está chegado aos postos”. Com o imposto que recai sobre a redução, o desconto fica em R$ 0,41. No entanto, os postos precisam praticar o valor cheio na bomba. Isso tem causado revolta e até desespero por que as empresas estão trabalhando no vermelho.

    A crítica e constrangedora posição, fragiliza e agrava ainda mais a situação, por que as ínfimas margens de lucro “já não cobrem as despesas”, revela o empresário. A situação fugiu ao controle e se tornou insuportável. Até postos que comercializam milhares de litros de combustíveis “estão em apuros e sem rumo”. Dallacort admite que a conjuntura atual “extremamente perigosa e desagradável” vai determinar que muitos postos não vendam mais óleo diesel após findar os atuais estoques. A tendência é esta “pelo menos até a retomada da estabilidade”.

    O coordenador executivo do Procon Paulo Balancelli defendeu na reunião com os empresários do setor “diálogo e bom senso” como fatores que determinarão a superação das adversidades que considera “temporárias”. O Procon, explicou, quer “ajuda mútua” para atender todos os lados e evitar reclamações dos consumidores. O trabalho em conjunto promove o alinhamento e exclui eventual denúncia, fiscalização ou autuação.

    Exposição do preço – A sugestão foi os postos exibirem nas bombas através de cartaz, adesivo ou modalidade semelhante, os valores praticados até o dia 21 de maio quando eclodiu a paralização dos motoristas e os atuais, considerando o desconto. O processo deve ser feito mediante protocolo da última nota fiscal, antes do movimento, e cópia do documento da compra atual com o valor reduzido pela distribuidora. Deve ser observado também o valor do frete. Esta redução servirá de base à fiscalização do Procon.

    Sobre a gasolina não há maiores divergências. O preço é livre e cada posto decide o valor do litro sem, no entanto, praticar preços abusivos.

    – Foto: Os empresários do setor de combustíveis se reuniram com o Procon para estabelecer critérios na venda do diesel

    Assessoria de Imprensa Sindipostos