Coronavírus: Santa Catarina decreta emergência e anuncia medidas drásticas de restrição

Coronavírus: Santa Catarina decreta emergência e anuncia medidas drásticas de restrição

17 de março de 2020 Off Por Redação Chapeco.org



  • Governo proibiu eventos de qualquer porte, suspendeu o transporte entre municípios e decretou o fechamento de academias, shoppings e restaurantes

    O governo de Santa Catarina decretou situação de emergência em todo o Estado nesta terça-feira (17) por causa da pandemia do novo coronavírus. A medida foi anunciada pelo governador Carlos Moisés (PSL) em coletiva de imprensa após uma longa reunião com todo o secretariado.

    Com o decreto, estão suspensos por 30 dias em Santa Catarina eventos de qualquer porte (independentemente do número de pessoas), e por sete dias os serviços de transporte intermunicipal e interestadual. Academias, shoppings e restaurantes também não devem abrir as portas conforme o decreto. Novas entradas em hotéis também estão suspensas. Todas as medidas começam a valer a partir desta quarta-feira (18), mas as empresas terão um tempo de notificação e organização a partir da medida.

    Moisés declarou que são medidas duras e mais restritivas do que as anunciadas anteriormente, mas se fazem necessárias após o Estado registrar a transmissão comunitária do Covid-19, quando os novos casos ocorrem em pessoas sem registro de viagem ou contato com pacientes confirmados.

    — O desenvolvimento do contágio no resto do mundo ocorreu de forma muito rápida depois do contágio comunitário, quando a doença se multiplica rapidamente. Por isso foram necessárias essas medidas — disse o governador.

    O governador confirmou que o número de casos confirmados do novo coronavírus em Santa Catarina saltou de sete para 15, e a transmissão comunitária foi identificada na região Sul do Estado — após confirmações em Braço do Norte e Tubarão. Segundo o secretário de Saúde, Helton Zeferino, não é mais possível identificar a origem de todos os casos confirmados em Santa Catarina.

    — Queremos trazer essa percepção de que qualquer pequena aglomeração traz o risco de contaminação. A gente quer que a população esteja segura, é uma medida difícil. O governo do Estado toma essa medida sem estar alegre, mas é necessária para que não tenhamos um pico de contágio, com óbitos e o sistema de saúde comprometido — anunciou Moisés.

    O decreto deixa claro que farmácias, mercados e postos de combustíveis devem seguir funcionando, além de serviços funerários, de gás e água.

    Durante a coletiva, o governo confirmou também que o Estado deve receber R$ 14 milhões do Ministério da Saúde para medidas de combate ao coronavírus.
    Com informações NSC