“Gatinha da Cracolândia” é absolvida de uma acusação da justiça

“Gatinha da Cracolândia” é absolvida de uma acusação da justiça

11 de março de 2022 Off Por Editor



  • Juiz afirmou haver insuficiência de provas ligando a jovem ao crime de tráfico de drogas.

    A Justiça de São Paulo absolveu a estudante Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, conhecida como “Gatinha da Cracolândia”, de uma das três acusações de tráfico de drogas das quais se tornou alvo. Na sentença, proferida no dia 23 de fevereiro, o juiz Gerdinaldo Costa, da 13ª Vara Criminal, determinou a soltura da jovem, mas, segundo sua defesa, ela continuará presa — no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Franco da Rocha, na Grande São Paulo –, visto que as outras duas acusações seguem em julgamento.

    O Ministério Público de São Paulo (MPSP) recorreu da absolvição. Diante dela, a advogada da “Gatinha da Cracolândia, Patrícia, pontuou: “A defesa trabalhou de forma árdua para comprovar a versão da Lorraine nesta ação. Objetivo este que foi alcançado diante da sentença absolutória por falta de provas da autoria”. Ainda de acordo com Patrícia, mesmo com o MPSP tendo recorrido, a jovem “está confiante de que sua inocência será mantida pelo tribunal”.

    Ao julgar o caso, o juiz Gerdinaldo Quichaba Costa afirmou haver insuficiência de provas ligando a jovem ao crime de tráfico de drogas. No processo, a promotoria narra que, ao ser presa em casa, na cidade de Barueri, na Grande São Paulo, Lorraine teria informado aos policiais que havia escondido uma mochila com quase 420 kg de drogas em um hotel da região da Cracolândia. Ao chegarem no local, acrescenta, os policiais encontraram o objeto exatamente onde ela supostamente teria indicado. Durante audiência em juízo, no entanto, a jovem negou que tivesse informado aos policiais o local da mochila.

    Para o juiz, não houve registro formal da confissão da moça sobre o local da droga, o que levanta suspeitas sobre se o material pertence realmente a ela, já que estava há mais de 30 km do local da apreensão. Ainda segundo o magistrado, os investigadores do caso deveriam ter se aprofundado mais nas apurações sobre o celular supostamente apreendido com a moça, que ligaria ela a traficantes da região. Ele também estranhou a ausência de policiais femininas no cumprimento do mandado de prisão na casa onde Lorraine foi presa. A advogada da jovem informou que ela comparecerá a outra audiência no dia 11 de abril. Em relação ao terceiro processo criminal, ainda não há audiência designada.

    Com informações SCC10