Homem que atuou como padre é condenado a 28 anos de prisão por estupro de vulnerável em SC

Homem que atuou como padre é condenado a 28 anos de prisão por estupro de vulnerável em SC

10 de setembro de 2023 Off Por Editor



  • Abusos sexuais tendo como vítima uma criança de nove anos à época teriam sido cometidos quatro vezes durante as aulas de violão que o réu ministrava à vítima, em uma sala de catequese.

    Um homem que atuava como padre no Sul do estado foi condenado a 28 anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de estupro de vulnerável, cometido quatro vezes, tendo como vítima uma criança de nove anos à época. A decisão foi proferida nesta semana pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Tubarão após denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), por meio da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Tubarão.

    Conforme a denúncia do MPSC, os crimes teriam ocorrido em 2012, em cerca de quatro ocasiões distintas, em um período de aproximadamente três meses, durante as aulas de violão que o réu ministrava à criança na sala de catequese. A vítima só contou o caso à família prestes a completar a maioridade, quando o tema da violência sexual foi abordado na sala de aula em que estava, o que lhe originou uma crise de ansiedade. Também como consequência dos crimes sexuais, a vítima deixou de frequentar a igreja.

    O homem já havia sido condenado pelo mesmo crime, também tendo menores de idade como vítimas, em outros estados onde foi pároco. Na sentença, foram consideradas como agravantes a reincidência do réu e a violação de dever inerente ao ministério religioso da função de padre e líder religioso. A pena foi, ainda, majorada em função de o autor do crime exercer autoridade sobre a vítima, como professor dela. O caso tramita em segredo de Justiça e o réu poderá recorrer em liberdade.

    Segundo a Promotora de Justiça Substituta Vanessa Cristine da Silva de Oliveira, todos os requerimentos do Ministério Público em alegações finais foram acolhidos na sentença. “Crimes dessa natureza precisam ser punidos com rigor, porque, além de as vítimas serem crianças ou adolescentes, há a confiança em pessoas que exercem funções de professor e líder religioso”, conclui a Promotora.

    Com informações MPSC