Projeto trabalha inclusão através do ensino de Libras
20 de maio de 2016
Estimular, através de diferentes técnicas e recursos, a criatividade da criança e externar seus pensamentos, além de desenvolver na comunidade escolar a capacidade de expressar sensações, emoções, quebrando as barreiras de comunicação.
A partir desta constatação a equipe do Centro de Educação Infantil Municipal Aquarela formatou e implantou o projeto CEIM Aquarela em: Mãos que Falam. A iniciativa tem como proposta possibilitar a alunos e professores vivenciar experiências do cotidiano de educandos e educadores surdos da instituição, bem como a importância da Língua Brasileira de Sinais (Libras), como forma de comunicação.
Para o Secretário Municipal de Educação, Nemésio Carlos da Silva, esta iniciativa vem mais uma vez demonstrar o comprometimento dos profissionais da educação as questões ligadas ao processo ensino aprendizagem. “Iniciativas como esta são a prova que estes profissionais deixam de ser apenas transmissores de conhecimentos, tornando-se incentivadores que conduzem os alunos a formação de seus conceitos, valores e atitudes que possibilitem seu desenvolvimento como cidadãos”, disse.
Para a coordenadora pedagógica, Aline Padilha dos Santos Benedet, esta iniciativa se caracteriza como um grande desafio com vistas à inclusão de pessoas surdas no espaço escolar. O projeto inicialmente tem sua linha de trabalho nos grupos de estudo contemplando os professores e demais colaboradores, em seguida serão atendidas aproximadamente 200 crianças do pré-escolar, e cerca de 100 crianças do maternal.
A coordenadora revela que no começo do ano letivo a instituição passou a contar com um professor surdo, responsável pela disciplina de educação física, um fato que causou surpresa à comunidade escolar. “Todos tinham a curiosidade de saber como seriam conduzidas as aulas. Na sequência veio um estagiário que atuava como intérprete o que facilitou, sendo que o próprio professor começou a ensinar a Linguagem Brasileira de Sinais aos demais professores e alunos” recorda.
A gestora Guilhane Teresinha Melo afirma que, a partir do currículo escolar que trabalha a questão da inclusão, toda a equipe de gestão se sentiu desafiada a construir uma proposta voltada diretamente a esta questão. Neste primeiro momento o projeto deve contemplar professores e alunos, em seguida será expandido. “Ficamos surpresos quando observamos que muitos pais demonstraram interesse em aprender Libras. Estamos trabalhando com a possibilidade de levar este projeto para toda a comunidade escolar e até mesmo para outras escolas a partir do segundo semestre”, afirma.
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