Ter cárie não é normal

Ter cárie não é normal

8 de agosto de 2022 Off Por Chapecó



  • Olá, hoje vamos falar de um problema que acomete grande parte das pessoas: a cárie. Embora provavelmente mais da metade dos brasileiros já tenha tido cárie alguma vez na vida, sendo uma das doenças bucais mais comuns nos consultórios odontológicos, não podemos encará-la como um problema trivial. É importante agir para evitar que manchas e pontinhos apareçam e levem à quebra ou à perda do dente. 

    Anos atrás, a ciência atribuía a cárie exclusivamente aos micro-organismos. Mas sabemos que tem outro vilão nessa história, o açúcar dos alimentos. As bactérias estão na boca de todo mundo, mas o açúcar, além de ser transformado em ácido por elas, seleciona aquelas com maior habilidade para esse processo. Por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda reduzir o açúcar a no máximo 10% das calorias ingeridas por dia, algo em torno de dez colheres de chá. E não vá dormir sem escovação, afinal, é quando você ficará mais tempo à mercê das bactérias. 

    A nossa boca contém milhões de bactérias, mas é possível conviver com elas sem que provoquem qualquer desequilíbrio para a saúde. Isso depende, em especial, da adoção de bons hábitos de higiene e de uma alimentação equilibrada. Quando ingerimos muito açúcar, amidos e carboidratos simples, por exemplo, existe uma propensão maior para a formação da placa bacteriana. Lembrando que a placa demora algumas horas para se formar, mas a cárie leva um pouco mais de tempo, algumas semanas no caso. Sua evolução acontece, até mesmo, em meses, por isso, a persistência dos hábitos inadequados é o que favorece essa doença bucal.

    Quando a placa bacteriana não é eliminada corretamente, há uma proliferação excessiva de bactérias. Elas se alimentam desses resíduos e, durante o processo de fermentação deles, liberam ácidos. São essas substâncias que agridem o esmalte dentário, levando às lesões.

    No começo, a cárie é apenas uma mancha esbranquiçada e fosca na superfície do esmalte dentário. Se não tratada neste estágio inicial, o esmalte é corroído e se formam buracos nele, que tendem a aumentar, caso não haja uma intervenção. Quando esses buracos ainda estão na superfície do esmalte, o único sintoma que se percebe é um ponto escuro no dente. Quando a lesão se torna mais profunda, atingindo a dentina ou a polpa dentária, a pessoa começa a apresentar sensibilidade e dor de dente, com ou sem dificuldade e dores na hora de mastigar. Como aquela dor chata ao beber algo gelado ou comer uma sobremesa, sabe?

     A prevenção é muito simples, basta adotar alguns hábitos e medidas saudáveis, como:

    • evitar o consumo excessivo de açúcar;
    • moderar o consumo de amidos e carboidratos simples;
    • escovar os dentes após cada refeição, no mínimo, duas vezes por dia;
    • usar o fio dental a cada escovação;
    • preferir um creme dental enriquecido com flúor;
    • beber bastante água;
    • evitar alimentos e bebidas muito ácidos.

     

    Não se esqueça, ainda, de passar por consultas periódicas aqui na Orthosmile. Vamos complementar os cuidados que você tem em casa, além de observar a saúde da sua boca e identificar possíveis sinais de problemas antes que se agravem. Todos nós, em qualquer idade, podemos desenvolver cáries, porém devemos evitá-las. Mesmo na ausência de dor, a indicação é que a criança ou o adulto visite o dentista regularmente. O ideal é a cada seis meses, combinado?

    Fiquem ligados, que em nossa próxima coluna vamos falar sobre quais alimentos prejudicam os dentes e dar dicas para prevenir as cáries. 

    Até semana que vem!